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sábado

O ponto

 

A relação do aprendizado produtivo e da habilidade de fazer ainda não é possível através de passes de mágica ou pela introdução do conhecimento através de processo cirúrgico.

Afinal, o que é mais importante, a informação ou conhecimento? Talvez, antes de responder esta pergunta, seria oportuno fazer mais perguntas. A informação por si só pode alterar o nosso perfil de habilidades e nos levar a um novo patamar profissional? E o conhecimento?

Há diferenças entre informação e conhecimento? Qual a relação da informação e do conhecimento com a ação do fazer? E como chegamos ao ato de fazer com qualidade, será que precisamos testar aquilo que entendemos que sabemos fazer?

Pois bem, o fato de estarmos vivendo novas formas de ler e escrever oportunizados pelas tecnologias digitais de celulares, tabletes, laptops ou desktops, precisam ser visto como novos jeitos de elaborarmos ou executarmos trabalhos, tanto em nível doméstico, empresarial, como dentro das escolas e universidades. Isto já é uma realidade.

 E dentro desta realidade, creio na urgente necessidade de revisarmos os currículos das escolas e universidades com a inclusão de disciplinas que capacitem os alunos e professores para o uso adequado dessas novas ferramentas.

Por outro lado, ilude-se quem pensa que somente o acesso às novas tecnologias nos remeterá para novos aprendizados produtivos e reconhecidos pela comunidade empresarial ou científica.

Antes ou durante o processo dessa nova relação, é imprescindível, ainda, que passemos pelo aprendizado formal da língua mãe e das demais disciplinas que constam dos currículos das escolas de formação básica e das universidades.

A relação do aprendizado produtivo e da habilidade de fazer ainda não é possível através de passes de mágica ou pela introdução do conhecimento através de processo cirúrgico. É necessário sim, antes que entremos em cálculos mais complexos que saibamos, como pré-requisito, as “quatro operações” de matemática.

Você até pode usar uma calculadora para resolver operações de soma ou divisão, mas isto não o dispensará de fazer o algoritmo lógico (consciente ou inconsciente), que o levará à execução da operação matemática.

Existe uma forma bem simples de testar se temos apenas informação ou informação e conhecimento e mais, se temos a habilidade de realizar alguma coisa. Tudo começa com uma pergunta bem simples: o que você sabe fazer?

Saber fazer tem a sua complexidade intrínseca e, portanto, dependendo daquilo que queremos fazer, precisamos investir tempo, paciência, informação, conhecimento e muita transpiração exercitando o ato de repetir para reter.

Ilude-se, pois, aqueles que acham que somente o fato de “viajarem na internet”, participar de redes sociais ou assistir à televisão lhes habilitará a fazer alguma coisa de útil e produtiva.

E a sabedoria? Bem, esse é um outro ponto.

sexta-feira

O efeito dominó na educação


Alguns acham exagero que, no meu tempo, a alfabetização se dava na primeira série, assim como o aprendizado básico de matemática

Vejo a surpresa nos olhos de meus sobrinhos quando falo que não fiz o "primeiro grau", mas o "primário". Depois disto, veio a "evolução" que desestruturou o nosso ensino básico, capitaneado por técnicos da educação que resolveram tornar mais elásticas as relações entre educador e educando e, até, a forma de cobrança do seu rendimento.

Infelizmente, isto levou a não ser surpresa que, hoje, se afirme que uma criança pode ser alfabetizada até a terceira série, defendida por quem não vê problema que se utilize três anos de educação para, praticamente, nada, pois a não alfabetização respinga na capacidade de aprendizado de todas as demais áreas.

Alguns acham exagero que, no meu tempo, a alfabetização se dava na primeira série, assim como o aprendizado básico de matemática. E se rodava, isto é, quando não se alcançava os índices necessários, repetia-se o ano. Por mais que se pense ao contrário, ninguém ficou traumatizado porque saiu de um primeiro ano reforçado ou, se repetiu, criou bases suficientes para enfrentar a continuidade do aprendizado.

Recentemente, uma educadora infantil de Caxias do Sul, aposentada, expressou a minha indignação: disse que não conseguia entender como se flexibilizava algo que é básico e necessário, subtraindo uma base fundamental para que o processo de aprendizado possa se estruturar. Até então, pensei, mas não me posicionei. Agora, é hora de repormos no lugar as mazelas que estamos enfrentando porque, desestruturado o básico, nossos problemas vão se avolumando como naquela brincadeira com pedras de dominó que, ao derrubar uma, o efeito cascata faz uma sequência de quedas que não pode ser evitada!

Comecei a conversar a respeito e do baú das lembranças foram sendo resgatadas muitas formas de se solidificar o processo: meu pai nos cobrava a tabuada enquanto trabalhava em seu armazém e não tínhamos folga enquanto as continhas não estavam na ponta da língua; uma professora usava da disputa natural entre meninas e meninos para fazer gincanas ao final de cada aula, com recompensas que iam de pequenos presentes ao prazer de superar o sexo oposto! Hoje, ao invés de incentivarmos a criatividade dos professores em sala de aula temos "técnicos" com fórmulas indiscutivelmente bem traçadas e dignas de serem apresentadas em simpósios internacionais, mas com os resultados pífios que vemos para a educação.


 

terça-feira

Evolução pedagógica e tecnológica: chegou a hora de mudar

A tecnologia impõe-se como um recurso incontornável na educação. No entanto, e apesar de uma geração completa de gestores escolares, professores, e até alunos e pais verem a tecnologia como a solução final para os problemas do insucesso escolar, são necessárias algumas cautelas. As oportunidades e a vontade de mudança fizeram com que se passasse do quadro negro para o projetor de transparências, do videoprojetor para a lousa interativa. No entanto, a lógica tradicional e mecanizada de transmissão passiva de conhecimento prevaleceu na maior parte das nossas escolas.


A análise da realidade escolar revela que a metodologia associada aos processos de ensino/aprendizagem manteve-se praticamente inalterada, fazendo com que a tecnologia seja vista agora aos olhos de muitos pais, professores e diretores como inútil, pouco rentável ou, por vezes, prejudicial.

Com tantos investimentos despendidos em tecnologia educacional por todo o mundo, exigem-se resultados. Resultados visíveis e expressivos! O que faltou, então? Metodologia? Sem dúvida! Mas, existirá falta de pedagogos? Certamente, não. No entanto, durante muito tempo a integração da tecnologia esteve desligada dos princípios pedagógicos necessários à sua utilização efetiva, ligado à ideia de que a tecnologia era suficiente para a mudança de paradigma educacional.

Gradualmente tem-se defendido a importância de uma ação consciente e sustentada no uso da tecnologia. Só desta forma é possível dar uso ao potencial da tecnologia no apoio à aprendizagem significativa, experiencial, colaborativa e multifacetada. Uma educação paralelamente ativa e interativa que promove tanto a autoaprendizagem (com a resolução de problemas e do acesso a múltiplos canais de informação e conhecimento) como a coaprendizagem (construção de conhecimento partilhado).

Consideramos que o professor continua sendo o elemento-chave nos processos de ensino-aprendizagem, tendo agora à sua disposição o conhecimento teórico e os recursos pedagógicos capazes de revolucionar a educação. Se, até hoje, numa educação orientada aos princípios da homogeneização, essas teorias não tinham aplicação, por implicarem invariavelmente a quebra do modelo de professor transmissor e aluno passivo, agora o caminho é bem diferente.

A geração atual dispõe do conhecimento teórico e das aplicações tecnológicas que permitem otimizar os processos em função das estratégias metodológicas mais adequadas, das especificidades individuais e contextuais, dos estilos e ritmos de aprendizagem.

A construção crítica e sustentada do conhecimento que se deseja promover na escola torna-se um objetivo cada vez mais concreto ao aproximar-se a sala de aula da realidade, ao favorecer a experimentação e aplicação prática dos conceitos e saberes, ao estimular a observação, a análise e a simulação de fenômenos.

O momento é realmente animador: temos as teorias pedagógicas que nos ensinam a trabalhar de forma efetiva e possuímos a tecnologia que nos permite implementá-las. Falta apenas o último passo: trabalhar e recolher os resultados de um ensino inovador e de qualidade, numa escola revolucionada!

Por: Fernanda Nogueira.

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quinta-feira

Intelectualidade Mórbida

Tenho cá minhas dúvidas se a medicina já catalogou essa patologia que chamarei de intelectualidade mórbida. Porém, há quem apresente sintomas do distúrbio, como arrogância crônica, mau humor e desprezo pela opinião alheia. Segue uma luz sobre o tema.


Intelectual mórbido gosta de ler. Óbvio, quem não gosta? Mal está com um livro nas mãos, já está pensando no próximo. Contudo, acumula conhecimento em desproporção com sua capacidade de compartilhar, o que faz dele alguém cada vez mais pesado. Vira o sabe-tudo e, em casos agudos, preconceituoso. O que era para ser libertador torna-se prisão.

A intelectualidade mórbida também faz muito mal ao coração. Fica difícil amar quando se está intoxicado pela complexidade humana. Quanto mais dela, menos espaço sobra para fluir a inocência dos sentimentos, a pureza das intenções. Isso faz crescer a pressão, exigindo do outro muito esforço para conquistar empatia, desejo, compaixão. Intelectual mórbido não se doa. Compete, desconfia, é impaciente. Na balança, o desencanto.

O SUS não ampara em seus procedimentos quem sofre de intelectualidade mórbida. Nem adiantaria, mesmo. Intelectual, mórbido ou não, só procura o serviço público de saúde no desespero – como acreditar nesse tipo de gestão? Descrença, aliás, é outra consequência da hipertrofia patológica da razão. Se um dia a pessoa teve alguma fé, religiosa ou na humanidade, ela foi sufocada por grossas camadas de pragmatismo.

Um aviso: em nenhum caso é recomendada cirurgia de redução de cérebro. A cura para esse mal passa por educação alimentar e mudança de hábitos. Primeiro, mesmo contra a vontade, há que se consumir alguma dose de frivolidades. A arte, na superfície, contém fibras: alimenta pouco, mas ajuda na formação do bolo (evito aqui a palavra que me veio). Paralelamente, mexer-se. Ir até o ponto de vista do outro, próximo ou distante, emagrece o ego enquanto tonifica a humildade.

Previna-se da intelectualidade mórbida. A inteligência bela e saudável é leve, flexível, aeróbica. Há exemplos assim para serem seguidos dentro e fora da Academia. E, aproveitando a abertura da Feira do Livro, comecemos com doces caminhadas na Marechal Floriano.

Reflita sobe isso...

por Rubem Penz.



sábado

Você é radical ou moderado?

Engana-se quem imagina que é fácil, confortável ou ao menos indolor ser alguém moderado. Essa é uma opinião bastante comum entre os radicais:


– Veja, ele não se compromete, não luta. É um frouxo!

Para os que vivem nos extremos, todo moderado é covarde. Fraco, volúvel, inconfiável. Jamais pegará em armas. Seguirá as normas estabelecidas, obedecerá as leis, recuará diante do confronto. Eu, reconhecendo-me um moderado (perdão, bravos), ouso discordar e vou defender a classe. Há muito esforço para habitar o meio termo e conviver em harmonia com os extremistas. Serenidade demanda paciência. Suavidade é a mãe de todas as forças.

Puxando a brasa para cima do muro, o moderado é, na verdade, um corajoso: tem peito suficiente para admitir que pode estar errado e, por isso, se dispõe a ouvir o outro. Quanta bravura demanda essa atitude. Vivemos num mundo em que o homem se acostumou a erguer paredes de proteção, e um delas é a das certezas. Colocar em dúvida suas convicções diante de um argumento plausível é implodir a barreira para, assim, expor-se. Contemporizar.

Também é comum confundir a política de não agressão com fraqueza. Cordialidade nunca foi sinônimo de subserviência. Ninguém mais é santo para oferecer a outra face diante da bofetada: basta estar atento aos sinais que precedem a violência e agir antes, de preferência. Ao menos em tempo de evitá-la. Assim como negar um cigarro é mais fácil para quem não fuma, impedir a desavença antes de o mal estar ser instalado sempre funciona.

Na maior parte do tempo, combate quem se sente ameaçado. Isto é, agride quem teme por algo como, por exemplo, parecer diminuído diante do outro – diante da altivez de quem prova ser capaz de abrir-se ao diálogo sem erguer a voz. É quando o moderado exercita sua capacidade de escutar, compreender, manter-se acessível. Todo radical, não importa a causa, ouve apenas a si mesmo. E, ainda assim, ouve mal, pois vive acusando os outros de tomar atitudes iguais as dele.

Claro que o mundo precisa da ação dos radicais. Neles está o estopim de grandes e importantes mudanças na sociedade. Por vezes, imolam-se pela bovina coletividade. Rompem paradigmas e viram a página da História. Porém, para cada dia de conflito, há mil outros de negociações. Assim, salto em defesa dos que comandam a paz.

Vida longa aos moderados, homens e mulheres de muito valor e que raramente ganham estátua na praça.

Por: Rubem Penz.

Comente, participe...



sexta-feira

A educação precisa de respostas

A campanha institucional do Grupo RBS, lançada no final do mês de agosto, é, sem dúvida, uma forma de fazer com que a sociedade pense e tente entender porque a educação em nosso Estado tem alcançado índices tão baixos nas avaliações nacionais.

Diz-se que não há intenção de apontar culpados, porém, todos nós sabemos que sempre é apontado o mesmo “culpado”: o professor. Os culpados existem. E são vários: o sistema educacional ultrapassado e sucateado, o professor desmotivado e de mãos atadas frente à realidade das escolas, os alunos que acham qualquer coisa mais interessante que a sala de aula, os pais que deixam seus filhos (e a sua educação) aos cuidados dos professores, sem ao menos terem a preocupação de acompanhar o processo de aprendizado e o rendimento desses alunos.

A verdade é uma só: a educação vai de mal a pior porque o sistema força o professor a aprovar o aluno, independente do fato de ele ter ou não condições para isso.

 É preciso que se faça tudo que for possível (e às vezes até o impossível) para que o aluno não reprove, pois um número alto de reprovados pode gerar uma série de problemas à escola e ao professor.

Quem é quer arrumar problemas, não é mesmo? Em breve não haverá mais reprovação escolar, é apenas uma questão de tempo.

Hoje em dia, não se reprova o aluno nos três primeiros anos do ensino fundamental. Óbvio que a maioria chega aos anos seguintes sabendo pouco, ou quase nada.

 Some-se a esse fato a facilitação que acontece nos anos finais, só resta uma conclusão: os índices obtidos nas avaliações futuras só tendem a piorar.

Prof. Roberton Alexandre Crexi dos Reis.

Aprenda a se controlar e terá o mundo aos seus pés

A maioria de nós busca sucesso, prestígio, liderança e felicidade. Passamos boa parte de nossa vida nos preparando para vencer em nossas áreas de atuação, sem a garantia de que o sucesso virá.

Vencer na carreira profissional exige conhecimento adequado, desenvolvimento de habilidade na área que escolhemos para atuar e atitude para colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo da jornada. No entanto, de nada adiantará você ter uma ótima formação e deter conhecimentos atualizados, se não for capaz de levantar cedo e encarar com seriedade uma longa e desafiadora jornada de trabalho.

 Ainda que você se torne mestre nas três áreas retroabordadas, terá que superar um último desafio, sem o qual você não poderá vencer e se manter no topo pelo tempo que desejar. Estamos falando da capacidade de dominar o nosso emocional.

 Ao construir uma carreira de sucesso, não serão poucas as negociações e os desentendimentos que teremos pelo caminho. Quando a situação for desafiadora ou parecer fugir ao nosso controle, normalmente reagimos com raiva e intolerância.

 Muitas vezes, mais tarde, lamentamos o nosso comportamento, nos arrependemos e juramos que nunca mais deixaremos o salgo assim nos dominar novamente. Então, resta sair a campo na tentativa de reparar os estragos criados. Tudo isso, gera descontentamento, drena as nossas energias e nos distância do tão sonhado sucesso.

Então, da próxima vez que você se deparar com situação de conflito e sentir raiva crescente, lembre-se que ninguém poderá deixá-lo irritado ou emocionalmente abalado sem o seu consentimento.

Além disso, quando você dá demonstração de equilíbrio diante de situações difíceis, você conquista admiradores. Afinal de contas, aquele que aprende a gerir a si mesmo, se tornará o indivíduo que será escolhido para gerir os outros.

Logo, antes de querer ser um grande líder é preciso primeiro aprender a ser um bom liderado, pois quando você age sob completo controle, você é o seu próprio patrão.

Por: Evaldo Costa.

 Reflita sobre isso!!!

terça-feira

O papel dos Observatórios Sociais


Para tratar, reportar, discutir e condenar diariamente o assunto em páginas de jornais e revistas, milhões de árvores são cortadas, toneladas de papel são recicladas. Para assistir e ouvir as abordagens mais diversas do tema, uma imensidade de kilowatts é despendida. Não passa um santo dia sem que algo novo surja sobre um dos mais velhos crimes e desmandos que assolam a humanidade. 

Estamos falando da corrupção e da malversação dos recursos públicos. São revelados, denunciados e noticiados a cada momento desvios de dinheiro da saúde pública, da educação, da segurança. Enfim, valores da sociedade, guardados nas burras oficiais que se esvaem pelo ralo da surrupiação, levada a efeito por aves de rapina, públicas e privadas. Escândalos do gênero motivaram o surgimento, em 2006, do Observatório Social de Maringá, com o objetivo de instrumentalizar a sociedade local na busca da transparência e do zelo na gestão do dinheiro da municipalidade. 

 O pioneirismo da iniciativa deu sequência a outras tantas iniciativas oficiais e extraoficiais no sentido de sensibilizar as comunidades para exercerem efetivamente o controle social, uma das ferramentas da chamada accountability (responsabilidade) democrática. Como sempre se inferiu, a sociedade ou um segmento de usuários de serviços públicos, se organizado de alguma forma, pode interferir decisivamente nesta atividade que, se bem exercida, virá com certeza, em benefícios de todos os concidadãos. Pois o movimento dos Observatórios Sociais, embora ainda embrionário, cresceu bastante. 

Foi constituído o Observatório Social do Brasil (OSB) que passou a instrumentalizar as iniciativas municipais. Formou-se uma rede. E a Rede OSB já marca presença em mais de 60 cidades de 12 estados. Profissionais dos mais diversos setores, como advogados, magistrados, contadores, economistas, servidores públicos das diversas esferas de governo, empresários, estudantes e aposentados, com um único foco e sem viés político-partidário, se uniram, sob os auspícios de suas entidades de classe, na maior parte das vezes, e passaram a trabalhar para dar transparência às contas públicas nos municípios brasileiros.

 Orientações iniciais como os preceitos básicos da Educação Fiscal, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da legislação sobre licitações públicas, nivelam os voluntários para uma atividade árdua que faz com que se debrucem sobre editais, processos, mercadorias e contratos, conferindo a legalidade, a licitude e a concretude plena dos negócios que envolvem a aquisição, com recursos públicos, de produtos e serviços. 

 Hoje, os Observatórios já evoluíram até para a construção de Indicadores da Gestão Pública, embasados na execução orçamentária e nos estágios sociais do município, permitindo o alinhamento e a comparação com outras cidades de mesmo porte. E periodicamente, aonde já se consolidou, prestam contas à sociedade. Apesar de não terem poder coercitivo como os Tribunais de Contas ou as Controladorias oficiais, assumiram, os Observatórios, real importância como espaço para o exercício da cidadania, pela condição democrática e apartidária e sempre contribuindo, de forma cada vez mais eficaz, para a melhoria da gestão pública. 

 Há ainda carências de recursos materiais e humanos para o maior desenvolvimento e implementação mais ampla destes importantes organismos não-governamentais de alavancagem da transparência nas contas dos governos. Ainda clamam por financiamento, parcerias e voluntários estas cidadelas da cidadania. Mas, com convicção, devem ser, a cada momento, mais e mais incentivadas, para construirmos, nesta eterna vigilância, nesta constante labuta, em comunidades melhor estruturadas e serviços públicos de melhor qualidade nesta sociedade ainda tão desigual. 

Fonte: Vilson Antonio Romero.

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sexta-feira

Família ausente. Educação em crise


Hannah Arendt, há meio século, previu que a educação seria atingida pela crise da família contemporânea. Atualmente, testemunhamos os efeitos gerados a partir da dinâmica instalada na família, cujas relações são marcadas pela horizontalidade, decorrente do declínio do poder patriarcal, também associado à emancipação da mulher e à sua entrada no mercado de trabalho.

 Esses fatores modificaram a maneira de educar e a sintonia que existia, em especial, entre família e escola. Dentre essas mudanças, destaca-se a dificuldade dos pais de estabelecer e sustentar os limites, o que tem resultado em sintomas psíquicos e sociais evidenciados na incapacidade para lidar com a diferença, respeitar o outro e compartilhar a vida em sociedade.

Anteriormente, família e escola, com seus diferentes papéis, educavam de modo complementar. O declínio da autoridade paterna colocou em questão a hierarquia e, portanto, a legitimidade do lugar daqueles que representam a autoridade como pais, professores e gestores. Apagada essa referência simbólica, passaram a realçar a individualidade, as celebridades, os imperativos do mercado, as exigências de sucesso atrelado ao consumo de bens materiais e às “obrigatórias” jornadas excessivas de trabalho.

 Neste cenário, os pais, na tentativa de atender a esses apelos, tornam-se mais ausentes e portadores do sentimento de culpa que gera a compulsão a compensar os filhos, inclusive, esquivando-se de assumir a diferença da sua posição e do seu poder.

Consequentemente, a noção dos limites que devem valer para todos na sociedade se diluíram nos pactos privados, nas negociações e modos particulares que cada família escolhe e adota para nortear a convivência em geral. Essa é uma das razões pelas quais a escola é convocada a impossível tarefa de educar sem se contrapor às referências de cada aluno, de cada família ou, ao contrário, educar assumindo a responsabilidade sozinha.

 Tarefa impossível porque educar pressupõe a preservação da diferença de lugares e das gerações, a transmissão do respeito à história e à tradição, o que difere radicalmente da concepção que cultua a simetria das relações entre parceiros.

Segundo Hannah Arendt “a educação não pode desprezar a autoridade, nem a tradição, e deve mesmo assim exercer-se num mundo que não está estruturado pela autoridade, nem reservado para a tradição“.

Cabe a família e a escola não abdicarem da função de humanizar seus filhos e alunos, o que implica em referendar a noção da Lei que vale para todos, os valores éticos e morais que balizam os limites, as impossibilidades, a capacidade para aceitar e lidar com frustrações, perdas e diferenças.

Quando as referências simbólicas falham, a violência surge.

Estamos nos defrontando com os efeitos da falta de anteparo simbólico na família, na vida social e, evidentemente, na escola. No âmbito escolar, crianças e adolescentes intolerantes à frustração e às diferenças, tomam como alvos colegas e educadores.

Os educadores e gestores escolares ressentem-se diante do impasse: não fazer valer a noção de limites para todos, mas se adequar ao código que cada família apresenta e exige que seja validado na vida social. Impasse e, em muitas instituições, crise.

É chegada a hora de considerar a necessidade do reposicionamento e da aliança entre pais, professores e educadores. É hora de repensar os mitos que confundem e atrapalham a vida em comunidade, como por exemplo, os equívocos existentes entre liberdade e falta de limites; exercício da autoridade e autoritarismo; proximidade e permissividade; democracia e falta de respeito...

Impasses e crises abrem a vertente das novas direções. Não estamos precisando mudar o rumo?

Por: Por Sílvia Gusmão

Opine sobre o assunto.

quinta-feira

Sobre recompensa e castigo

Espero que Dostoievsky não revire no seu túmulo vendo que estou surrupiando o título de uma de suas obras primas “Crime e castigo”. De qualquer forma, a distância enorme entre um e outro escritor fará que, provavelmente, ele nem se importe.

A vida traz suas próprias recompensas. Santo Agostinho diz que aquele que teve uma boa vida não deve temer à morte. Já minha avó dizia: “Semeia ventos e colherás tempestades”.

Recompensa, de acordo ao dicionário significa: gratificação, retribuição, compensação, prêmio, etecetera.

 Castigo, es: punição, apenar, condenar, etecetera.

Em outras épocas era demorada a obtenção da recompensa ou retorno pelos nossos esforços. Hoje em dia a sensação de recompensa deve ser imediata ou em muitos casos, deve ser antecipada, ou seja, nos oferecem a recompensa antes do esforço. Meus alunos, por exemplo, quando peço um trabalho extra, antes de saber do que se trata perguntam: Vale nota?

 Acredito que os adultos já perguntam: E o que ganharei com isso?

Também há diferentes tipos de recompensas, quase tantas como tipos diferentes de personalidades.

Conheço pessoas que dariam a vida por receber medalhas, outras por ter reconhecimento público de alguma ação, tem também aqueles que somente funcionam a dinheiro, e não podemos esquecer os que funcionam por motivações privadas e íntimas, como a de um senhor que conheci quando necessitei alugar um apartamento.

Essa história merece ser contada:

 Não tinha intermediários, devia tratar diretamente com o dono, marcamos uma entrevista e nos chamou a sua casa. Era um senhor idoso, com mais de 80 anos, morava com sua esposa (uns trinta anos mais nova) e um enteado, que estavam a todo instante como vigiando este homem.

 Num momento da conversação manifestou que já tinha 94 apartamentos (se a memória não me trai) e que sua maior ambição era chegar aos 100 apartamentos antes de morrer.

Não alugamos o apartamento, eram pessoas muito complicadas, parecia que assim como a recompensa do homem eram as cem propriedades, a recompensa da esposa e do enteado era esperar pela sua morte.

Quando uma ação tem uma recompensa positiva, ótimo, mas quando é negativa devemos ter cuidado. Muitas vezes, através das recompensas que não são nada mais que promessas, nos levam por caminhos que não queremos realmente transitar ou que não escolheríamos.

Muitas vezes as recompensas que procuramos ou almejamos podem se transformar em castigo. Nunca esquecerei uma vez orava pedindo a Deus que me desse muita paciência, e nada, os problemas continuavam chegando e minhas orações pareciam que não eram ouvidas. Um dia decidi queixar-me ao padre da minha congregação.

- Padre, Deus não ouve minhas prezes.
 - Tem certeza, meu filho.
 - Sim, peço, peço paciência e nada, continuam chegando os problemas e nada de chegar a paciência.
 - Meu filho, Deus está atendendo tuas prezes, a única forma de aprender a ser paciente é resolvendo problemas.

A partir desse dia descobri que devemos ter cuidado quando pedimos alguma coisa a Deus. Ele sempre nos atende, mas não como nós pensamos. Em cada fato de nossa vida devemos procurar as respostas aos nossos pedidos.

 Deus sempre nos dá o que pedimos, mas cuidado que podemos não reconhecer a embalagem na qual vem nosso presente. Podemos confundir recompensa com castigo e vice-versa.

 Boa reflexão.

Por: Ricardo Irigoyen

domingo

O álcool de minha avó...

Minha avó sempre recomendava após a picada de um inseto: “Passa álcool”. Tinha aprendido com a mãe dela, minha bisa.

O vidro de álcool, hoje de plástico, ficava bem à mão e servia de remédio para um monte de coisas com suas mil e uma utilidades, como essa palha de aço da propaganda.

De repente vinha aquela coceira incômoda ou a vermelhidão no braço ou no pescoço – e dá-lhe álcool líquido. Ardia, mas resolvia.

Minha avó conhecia bem as propriedades antibacterianas, antissépticas e desinfetantes do álcool – e passou a sabedoria à minha mãe, que repassou à minha irmã, que a repassará à filha, que vai explodir e passará para o outro mundo, segundo a Anvisa, que pretende proibir o produto em questão. Mas ai é outra história, como se verá.

 O álcool canforado, então, era remédio pra tudo. O milagre da solução caseira se fazia ao jogar umas pedrinhas de cânfora no álcool bom, de 96 G/L (92.8 INPM) - não esse gel a 46 G/L, usado para higienizar as mãos em hospitais; tão fraquinho, mas tão fraquinho, que nem fogo acende.

Depois, o álcool forte servia para tudo: frieira, dedinho quebrado, galo na cabeça, dor de ouvido, resfriado, mau jeito nas costas. Qualquer coisa era tratada (e quase sempre curada) com álcool canforado. Tiro e queda. Mas o álcool puro, como sabe toda boa dona de casa, é o número um entre os produtos de higiene e limpeza. Não há mancha, qualquer que seja a superfície, que resista ao álcool 96 G/L.

Conhecido pela Humanidade há mais de oito mil anos, o álcool é usado em bebidas como cerveja, vinho ou cachaça e na indústria de perfumaria.

E, claro, como combustível – nesse caso, um bem para a natureza, uma fonte de energia renovável, ao contrário dos derivados de petróleo.

" Evidente que o álcool, como bebida, é um perigo e vale o conselho: moderação. O alcoolismo nada cura, apenas apressa a caminhada nesta passagem pela terra."

Não é o caso nem devemos misturar usos e costumes entre o álcool caseiro e o das bebidas. O fato é que a Anvisa investe mais uma vez e prega a abolição do álcool 96 /GL para o público.

Alega que a garrafa de álcool pode explodir e causar sérios acidentes. Pessoas descuidadas essas que não sabem do alto poder de combustão do produto. Como o leitor sabe bem, notícias de acidentes com álcool são raríssimas: de minha bisa até os dias de hoje, nenhum acidente ocorreu em nosso quintal.

 A Anvisa deveria ampliar os horizontes de seu interesse, caso queira mesmo proteger a saúde dos brasileiros: poderia começar por recomendar a retirada das portas dos armários de cima das cozinhas - uma topada de cabeça com a quina de uma porta é terrível. Mais ainda a trombada com a quina de uma tampa de mármore da pia no banheiro, uma das causas mais comuns de acidentes domésticos. Banheira, então, maior perigo.

Cuidado: tapetes na casa provocam quedas. Então, que se proíbam os tapetes, ou as casas. Pelo menos o quesito “moradia” seria banido das promessas eleitorais.

Medida ainda mais acertada seria proibir a bebida alcoólica no País: o sistema nacional de saúde deixaria de gastar bilhões de reais no tratamento dos bêbados.

E a sociedade poderia respirar aliviada ao saber que não será mais vítima desses assassinos que, embriagados, assumem um volante e matam sem dó nem piedade. Já que a Lei Seca não resolve, Anvisa neles.

O Conselho Nacional de Saúde recomendou a aprovação do Projeto de Lei nº 692/2007, que dispõe sobre restrições do acesso e venda do álcool líquido de uso doméstico. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. Seus argumentos: em 2002, a Resolução RDC nº 46 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a substituição do álcool líquido acima de 46° de porcentagem de álcool em peso ou grau alcoólico (INPM) pela versão gel e deu prazo de seis meses para os fabricantes se adaptarem ao novo formato.

 No período em que o produto parou de ser comercializado, o número de acidentes com álcool caiu 60%. O número de internações hospitalares e a gravidade das queimaduras tiveram redução de 26%. A medida foi suspensa por meio de liminar da justiça e assim é necessária a regulamentação do tema na forma de lei. A norma contribuirá para a preservação da vida de milhares de pessoas, entre elas crianças, vítimas das graves queimaduras causadas pelo uso inadequado do álcool.

 Mas o CNS não informa a base de seus cálculos: são números ridículos ou alarmantes comparados a outros acidentes domésticos da população brasileira? Sem isso, os números apresentados ficam sob suspeita. E suas intenções, mais ainda.

 Se o desejo é realmente o de preservar vidas, que se proíbam todos os itens perigosos à venda no varejo. Como facas ou desentupidores domésticos, desses à base de soda cáustica, produto altamente corrosivo, que pode produzir queimaduras, cicatrizes e cegueira. A soda cáustica está à venda livremente no comércio; em supermercados, junto a produtos de limpeza.

 Enfim, o que estranha é o casuísmo da proposta nesse quadro nebuloso da burocracia governista.

 E em vez do cheiro do álcool, a polêmica exala muito mais um cheiro de lobby.

Luciano Ornelas.

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A escola como fonte de talentos olímpicos

A recente participação do Brasil nos Jogos Olímpicos na Inglaterra e a oportunidade de sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 reforçam a necessidade de discutir como o País deveria promover o esporte amador e investir em novos talentos.

Em 21 participações em Olimpíadas, o Brasil mantém ainda a 15ª posição como sua melhor colocação, conquistada na Antuérpia, na Bélgica, há mais de 90 anos. De lá para cá, pouca coisa mudou, principalmente no que se refere ao apoio ao esporte amador e à forma como os atletas brasileiros se credenciam às competições, quase que exclusivamente graças ao incentivo da família, amigos e treinadores.

A participação brasileira em Londres aponta outros sinais de fragilidade, em que pese à falta de incentivo que desperdiça talentos. Em Londres, dos 252 atletas, quase a metade (123) eram do eixo Rio-São Paulo. Juntas, as regiões Sul e Sudeste somavam 72,61% dos atletas da delegação brasileira, enquanto Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com maioria dos estados e maior porção territorial, com 49 atletas, representavam 19,44% do "Brasil Olímpico".

Diferentemente do que acontece aqui, nos Estados Unidos, a escola tem papel fundamental na promoção do esporte amador e na descoberta de novos talentos.

É ela quem forma a base de atletas de alto desempenho e revela possíveis medalhistas olímpicos. Nas universidades norte-americanas não é diferente. Proibidas de realizarem qualquer transação financeira com equipes profissionais, as universidades promovem o esporte amador com a realização de ligas universitárias. Como retorno do investimento realizado no estudante-atleta, a universidade reforça seu marketing esportivo, fideliza alunos e ex-alunos, vende produtos licenciados e, sobretudo, consegue retorno de imagem junto à comunidade local.

 Um exemplo desse investimento é a oferta de bolsas de estudos.

 As universidades norte-americanas oferecem anualmente cerca de 350 mil bolsas de estudos, 80 mil das quais destinadas a estudantes estrangeiros.

 O esporte na escola movimenta mais de um bilhão de dólares em bolsas esportivas e ajuda financeira a estudantes todos os anos e também incentiva o empreendedorismo privado. Um exemplo disso é a criação de empresas como o Collegiate Sports of America (CSA), hoje uma das maiores e mais tradicionais no recrutamento de jovens esportistas, que há 30 anos auxilia estudantes a conseguir bolsas de estudo nos Estados Unidos.

 Recentemente, o CSA desembarcou no Brasil com o mesmo propósito, o de selecionar talentos em esportes e encaminhá-los a universidades norte-americanas. Para o jovem estudante, além da possibilidade de reunir qualificações que o diferenciam em um mercado de trabalho acirrado, a bolsa de estudos esportiva permite desenvolver a habilidade em uma das 28 modalidades olímpicas oferecidas pelas universidades americanas.

 O modelo de eficiência explica o porquê de os Estados Unidos serem uma potência olímpica e inspira a construção de uma nova realidade para o Brasil.

Por: Armando Guevara, Diretor do Collegiate Sports of America no Brasil.

sábado

Decisão de enganar alguém vem de área específica do cérebro, diz estudo

Em anos recentes, os neurocientistas descobriram que as pessoas raramente tomam decisões de maneira isolada porque são sensíveis ao que outras pessoas querem e esperam Época Muitas áreas do cérebro lidam com as tarefas sociais, mas os cientistas da Universidade Duke identificaram uma que atua especificamente na maneira de agir quando nos encontramos com um oponente e pensamos em enganá-lo, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira pela revista "Science".

As interações sociais fazem com que o cérebro opere sob regras diferentes e podem influir na tomada de decisões, assinala o artigo. Em anos recentes, os neurocientistas descobriram que as pessoas raramente tomam decisões de maneira isolada porque são sensíveis ao que outras pessoas querem e esperam.

Pesquisador de Harvard diz: o otimismo é o maior indicador de sucesso "Uma ligação telefônica e uma conversa rápida com a mãe ou com um amigo pode nos fazer pensar duas vezes antes de tomarmos uma decisão, e pode nos dar a coragem para seguir adiante com um plano", acrescenta. Scott Huettel e seus colegas do Centro Interdisciplinar para Ciência de Decisões em Duke (Carolina do Norte) desenvolveram uma experiência na qual os participantes, que eram pessoas comuns sem experiência no pôquer, jogavam partidas virtuais contra um humano e um computador.

 Os participantes jogaram conectados a um aparelho de imagem funcional por ressonância magnética (MRIf) e, mediante algoritmos de computador, os pesquisadores escanearam 55 regiões do cérebro e puderam observar o volume de informações processadas por cada área do cérebro.

 Os cientistas verificaram que uma só região cerebral, a conjunção temporal parietal (CTP), se ocupa das informações específicas acerca das decisões tomadas contra outro humano. A CTP é uma área do cérebro no extremo posterior do sulco lateral, onde se encontram os lóbulos temporal e parietal, e que, de acordo com os cientistas, desempenha um papel crucial nos processos de distinção do eu e dos outros.

Alguns experimentos demonstraram que o estímulo elétrico da CTP pode causar experiências extracorpóreas, e os transtornos eletromagnéticos nessa área afetam a capacidade do indivíduo para a tomada de decisões morais. Em algumas partidas de pôquer da experiência em Dukek, os participantes receberam uma "mão" de cartas obviamente fraca, e os pesquisadores observaram a forma como o jogador pensava em enganar seu adversário.

Os sinais do cérebro, captados pelo MRIf, indicaram aos cientistas quando o participante pensava em blefar, se considerasse o adversário um bom jogador de pôquer. Já quando o participante jogava contra um computador, os sinais desde a CPT não indicavam as decisões que tomaria. O principal pesquisador do estudo, McKell Carter, indicou que a CPT é uma área limítrofe no cérebro e pode estar na interseção onde se reúnem as informações de atenção e as informações biológicas. Antes de começar a partida, os participantes se apresentavam e apertavam a mão de seus adversários humanos.

 Em geral, segundo observou Carter, os participantes prestavam mais atenção no adversário humano que no computador, o que é coerente com o impulso humano de comportamento social. "Há diferenças neurais que são fundamentais entre as decisões tomadas em um contexto social e um não social", indicou Huettel, autor principal do artigo. "A informação social pode fazer com que nosso cérebro jogue com regras diferentes das que usaria em uma situação não social", acrescentou.

 "E é importante que tanto os cientistas quanto os políticos compreendam o que faz com que encaremos uma situação de maneira social ou não social", complementou.

 Agência EFE.

domingo

Por que ser professor?


Porque ganhamos bem.
 Porque nosso trabalho é reconhecido.
 Porque temos boas condições de trabalho.
 Porque os governos nos recebem e atendem nossas reivindicações. Porque a maioria dos alunos se interessa e é sedenta por conhecimento.

 Se conseguíssemos responder a esta interpelação com toda esta satisfação, possivelmente não estaríamos no Brasil. Respondemos, entretanto, que somos professores porque possuímos vocação, ou porque queremos contribuir com o futuro do País, ou ainda porque acreditamos nos jovens de nossa cidade. Ninguém ingressa em um curso de licenciatura com o objetivo de enriquecer, muito pelo contrário, na educação básica pública os professores necessitam trabalhar 60 horas por semana (manhã, tarde e noite), para satisfazer necessidades básicas tais como: moradia, transporte, alimentação, água e luz. E se esse professor for mãe ou pai de família então nem se fala. 

Ganhamos pouco, e ainda por cima temos que fazer verdadeiros malabarismos para conseguir ministrar aulas. Como professor de Educação Física, a primeira coisa que aprendemos é improvisar, improvisar um cone com uma garrafa PET de dois litros, improvisar uma rede de vôlei com uma simples corda, improvisar uma quadra em terrenos baldios cedidos por vizinhos de bom coração. 

A educação pública não nos permite que seja muito diferente. Mesmo assim estamos lá, firmes e fortes, dispostos a transmitir humildemente parte de nossos conhecimentos para nossos alunos, somos reconhecidos por isso? Algumas vezes sim, porém nem sempre. Alguns alunos não se dedicam, não fazem trabalhos, matam aula, enfim, são totais desinteressados e a culpa e de quem?

 É lógico que é do professor, a aula do professor é sempre ruim, e, muitas vezes, adjetivada com expressões ofensivas, pejorativas as quais não necessitam ser citadas nesse texto.

 O professor está sempre errado, errado por querer dar aula de Educação Física contrapondo a cultura de largar a bola e tomar chimarrão, errado por fazer valer seu direito constitucional a greve, errado por cobrar interesse de seus alunos.

 Paradoxal que um professor em início de carreira esteja escrevendo estas poucas linhas, o grande problema é que a maioria de nós gosta do que faz, e tenta passar por cima de todos os percalços que nossa profissão nos impõe, sejam as portas fechadas dos governos, seja a contrariedade da opinião pública, seja o desinteresse dos alunos.

 Então, por que ser professor? Gostamos do que fazemos, talvez sejamos até mesmo masoquistas, mas não nos rendemos ao sistema, cansados, esgotados e até mesmo indignados estaremos lá, na porta da sala de aula no dia seguinte, pois lá estarão também os bons alunos, os interessados, enfim, o percentual de estudantes que nos faz acreditar nos valores da educação.

 Por. Jones Mendes Correia. 

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sexta-feira

Por quê? Para que?

Aprendo muito com meus alunos. Sempre. Esta semana olhando para as diversas atitudes e posturas deles na sala de aula lhes fiz duas perguntas: Por quê? E depois, para que? Devem ter pensado, aí vem de novo Ricardo com suas perguntas, que saco! A primeira pergunta completa foi: Por que está no colégio? Vários responderam com respostas feitas, mas que deu para perceber que não eram sinceras: para estudar, para aprender.

Mas, os que me interessavam eram aqueles que responderam: não sei, porque me mandam vir. A estes últimos não adiantava nada fazer a segunda pergunta, que fiz aos primeiros: Muito bem estão aqui para estudar ou para aprender, querem fazer isto para que?

Nesse momento poucos responderam alguma coisa concreta: para ter um diploma, para ganhar dinheiro. De repente encontrei-me diante de 40 alunos olhando para mim com a expressão de: Então professor, quais são as respostas? Respondi: caros alunos é esse o motivo pelo qual estão aqui, para encontrar respostas a essas perguntas. Por que existo? Para que existo? Por que estudo? Para que estudo? Quando encontrem as respostas para essas perguntas poderão começar a procurar as respostas para outras, como: Quem sou? Para onde vou? O interessante é que vão descobrir que quanto mais perguntas se façam e mais respostas encontrem, mais perguntas pipocarão nas suas mentes e espíritos.

Deixaram de serem seres passivos neste mundo e começaram a serem ativos porque o que move este mundo não são as respostas, mas as perguntas. A verdadeira educação não vem de dar as respostas, mas ensinar que as pessoas se façam as perguntas certas para que encontrem as respostas verdadeiras.

Enquanto vivamos numa sociedade que ensina respostas prontas, viveremos numa sociedade fast-food, tudo pronto e rápido. Ninguém vai rebelar-se, não há motivos, há respostas para tudo. Para cada inquietude o “Poder” fornece uma resposta pronta, limpa e clara. Uma sociedade que ensina a procurar por perguntas, está ensinando ao cidadão a questionar-se, e na medida, que, nos questionemos teremos o direito de questionar aos outros. Aí é que mora o perigo.

 Devemos educar muito bem, porque o ensinar a pensar é perigoso, imagina alunos questionando e perguntando ao professor: Por que isso? Para que isso? Essa postura dos alunos vai provocar uma greve de professores, porque eles vão ter que lidar com seres ativos-pensantes e não com seres passivos-recipientes. Imagina só, alunos questionando os professores, cidadãos questionando as autoridades, povo questionando políticos, seria um caos. Melhor é esquecer essa ideia, não é verdade?

Imagina se algum tolo começa a falar por aí que é importante ensinar a fazer perguntas, principalmente: Por quê? Para que? Silêncio, que ninguém nos ouça, principalmente o povo em época de eleições? Imagina só, o povo fazendo as perguntas: Por que se candidata? Para que se candidata? A propósito você: Por que e para que está lendo este artigo?

Por: Ricardo Irigoyen.

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terça-feira

Preparando um bom profissional desde a infância


Assim como nunca é tarde para investir na carreira, nunca é cedo demais para formar um bom profissional, já que é nos primeiros anos de vida que se define em grande parte a chance de prosperidade intelectual e emocional de um indivíduo. 

A Neurociência Comportamental indica que, de 0 a 8 anos de idade, as crianças recebem e processam informações que serão vitais para o desenvolvimento, o aprendizado e também para a formação da personalidade. Padrões de pensamentos, comportamentos, valores, princípios, motivadores e mapas mentais são lentamente construídos nessa fase. 

As crianças que não desenvolvem suas principais habilidades pessoais nos primeiros anos de vida terão mais dificuldades em assimilar essas capacidades na vida adulta. Resumindo, a maneira como criarmos nossos filhos terá grande influência no estilo de profissionais que eles se tornarão Na adolescência, devemos nos aperfeiçoar nas matérias escolares que mais gostamos. 

Se seu filho é bom em português, incentive-o a aprender mais sobre esta disciplina. Se ele odeia matemática, convença-o a tirar nota para não ser reprovado. Dificilmente você ou qualquer professor conseguirá transformá-lo em uma fera dos cálculos. Nesta fase, outra escolha importante e que será fundamental para a vida profissional é qual faculdade cursar. O que deveria valer é a vocação da pessoa. Estudar e fazer o que se gosta, na área em que é mais habilidoso, mesmo que num primeiro momento não garanta muito dinheiro, no futuro será onde o profissional se sairá melhor e será bem sucedido. 

Ingressou na faculdade? Os estágios são fundamentais e quanto mais relacionados às aptidões e pontos fortes do estudante, melhor será o aproveitamento. Estágios são também o grande laboratório para saber se aquilo que estamos estudando tem realmente a ver com o que almejamos para o futuro. Por isso quanto antes começar melhor. 

Por fim, próximo da conclusão do curso, seria muito interessante o estudante procurar um bom programa de trainees. Nesta época do ano, estão abertas as inscrições dos maiores programas de trainees do Brasil. A concorrência é acirradíssima, mas a maioria dos candidatos não está bem preparada. As chances de quem tem um bom histórico de estágios, boas notas e é dedicado são muito maiores. 

Ter no currículo um programa de trainees de uma grande empresa já mostra que o profissional é diferenciado e certamente contará pontos para a vida toda. A conclusão é que bons profissionais são formados desde a infância e não apenas nos últimos anos da faculdade. 

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sexta-feira

O verdadeiro sentido de autoridade: Orientar sem impor


Primeiramente, o conceito de autoridade precisa ser desmistificado, sendo que é comum se ver autoridade ser confundida com autoritarismo. Considero então, necessário esclarecer esse conceito. 

 A autoridade é uma característica do líder. O verdadeiro líder é aquele que sabe dirigir outras pessoas com sabedoria, é aquele que sabe o que faz e porque o faz, colocando-se a serviço, para o bem comum. O exercício da autoridade exige maturidade para educar com senso de responsabilidade, portanto é uma tarefa que requer coragem e determinação, sendo assim é uma ação heroica. A legítima autoridade deve gerar disciplina, e a disciplina visa à liberdade interior, a capacidade de criar, de aceitar a ação correta, gerando assim a responsabilidade. Responsabilidade é o reconhecimento da autoria de seus próprios atos, assim como a aceitação das suas consequências.

 O grau de liberdade para aceitação de um ato, é que determina o seu grau de responsabilidade. Sem liberdade não há autoconhecimento. Devemos ser livres para ter capacidade de crescer e assim assumir riscos. Liberdade e obediência se conjugam harmonicamente em disciplina. Na medida em que a criança aprende a assumir a autoria de seus atos e as suas consequências, torna-se responsável. Sendo assim, a criança só aceita bem a sansão quando se sente responsável pelos seus atos.

 O papel do educador é ajudá-la nesse processo, e não simplesmente recriminá-la. Para que haja o reconhecimento da autoridade dos pais é preciso que se estabeleçam relações hierárquicas dentro da família. É importante deixar claro, qual é o papel da criança, assim como dos pais, na dinâmica familiar.

 Os pais estabelecem as regras e os filhos as cumprem. As regras são necessárias para que a ordem e disciplina se instalem no convívio familiar. Uma vez estabelecidas, não se pode mais voltar atrás. Por esta razão elas devem estar fundamentadas em princípios sólidos e morais dominantes na família. As regras servem para evitar os erros e potencializar os acertos, e não para submeter. Os erros e a inversão da posição dos membros na família, como ocupar o lugar do pai ou da mãe na cama, decidir a hora se dormir, tomar decisões que compete aos pais, decidir o que quer e como quer fazer algo, o que quer comprar, o que quer e como quer comer, onde e como quer ir e vir etc…, desarmonizam as relações causando desgaste e tensão em toda a família por transferir para a criança um poder que não é dela.

 Vale lembrar que opinar ou fazer escolhas é diferente de decidir. A palavra final é sempre dos pais, pois são eles que devem saber o que é bom e necessário para os filhos. Desta forma, os pais estarão exercendo a verdadeira e legítima autoridade, e a ordem, harmonia e disciplina certamente reinará na família. 

Em contra partida, o autoritarismo é cego, leva à obscuridade, à servidão, à submissão, à dependência, pondo na alma da criança o gosto amargo da derrota, gerando assim, a ausência da vontade. O autoritário somente dá ordens, não respeita, não deixa espaço para o diálogo, faz uso de ameaças e promessas, ficando ainda pior, se não forem cumpridas. A ameaça é a arma do covarde, do fraco, para conseguir o que deseja. (o bulling é o retrato disso). 

Ameaçar, prometer e castigar não traz o resultado desejado na educação, e denota fraqueza, pois são sinais de incompetência, de impotência para exercer a autoridade, além de gerar na criança, sentimento de inferioridade e de culpa, sentimentos estes altamente nocivos para a sua autoestima. A culpa gera medo e o medo paralisa, gerando impotência. A punição gera culpa, a culpa produz frustração permanente o que inibe a ação e danifica a personalidade da criança. Uma atitude autoritária atinge e fere a moral de uma criança, por exemplo: punir uma criança porque sujou a roupa, quebrou algo, cometeu um ato inadequado, são atos que não podem ser transformados em problemas morais, pois pode ser resultado de um descuido ou mesmo um acidente. 

Uma criança não é má só porque cometeu uma ação inadequada, e também não é feia por isso. Nesse caso a criança necessita de orientação e correção através de uma metodologia, nunca de punição. Muitas vezes os pais têm competência e autoridade para castigar e até humilhar uma criança, mas não a tem para modificar o seu comportamento. 

A mudança de comportamento é fruto de uma metodologia adequada de correção que poderá ajudá-la a se tornar melhor e mais fortalecida para agir adequadamente. Em posse desse discernimento entre autoridade e autoritarismo, convido os pais a educar seus filhos com a verdadeira autoridade, onde o amor, o bom senso e a sabedoria sejam o norte que os conduzirão dentro da família, onde a bondade, a beleza e a justiça prevaleçam. Esse texto tem a assinatura de Maria de Lourdes Barduco, diretora do Centro Educacional Infantil Giordano Bruno de Curitiba-PR, e nos ajuda a refletir sobre nossas praticas como pais e professores.


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quarta-feira

Ensino médio piora em nove estados, aponta Ideb


Se os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011 indicam melhora na qualidade nos primeiros anos do ensino fundamental, os resultados não são animadores no ensino médio. Entre 2009 e 2011, o Ideb do ensino médio subiu apenas 0,1 ponto, passando de 3,6 para 3,7. A meta nacional esperada para o período foi atingida, mas em nove estados o índice piorou em relação à edição anterior. 

 O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, argumentou que “internacionalmente” o ensino médio continua sendo um “grande desafio” para qualquer sistema educacional. Ele defendeu que o currículo da etapa precisa ser reformulado porque é muito sobrecarregado. Em algumas redes de ensino, o total de disciplinas chega a 19. “É uma sobrecarga muito grande que não contribui para você ter foco nas disciplinas essenciais, como língua portuguesa, matemática e ciências”, disse.

 Outro problema do ensino médio, segundo Mercadante, é a falta de professores com formação específica para algumas áreas, como matemática e ciências, além da alta concentração de matrículas no turno noturno – 30% dos jovens do ensino médio estudam à noite. Vera Masagão, coordenadora-geral da organização não governamental Ação Educativa, aponta que o ensino médio é um nível subfinanciado. “A gente precisa de um investimento muito forte em qualidade e não é à toa que a matrícula também está aquém, poderia haver muito mais jovens matriculados no ensino médio que estão fora da escola”, disse. Mercadante não quis comentar os resultados dos estados que tiveram Ideb inferior ao registrado em 2009. “Uma mesma região tem estados e cidades que evoluíram muito mais que outros. 

Há especificidades, a gestão na ponta. O professor na sala de aula, o diretor da escola, o secretário municipal. Vamos olhar essa informação e tentar tirar lições para avançar”, disse. O ministro aposta que a educação em tempo integral pode ser uma “grande resposta” para melhorar a qualidade do ensino. Confira as notas dos estados no ensino médio:
 Rondônia Ideb 2009: 3,7 pontos Ideb 2011: 3,7 pontos Meta 2011: 3,5 pontosAcre Ideb 2009: 3,5 pontos Ideb 2011: 3,4 pontos Meta 2011: 3,5 pontos Amazonas Ideb 2009: 3,3 pontos Ideb 2011: 3,5 pontos Meta 2011: 2,7 pontos Roraima Ideb 2009: 3,4 pontos Ideb 2011: 3,6 pontos Meta 2011: 3,8 pontos Pará Ideb 2009: 3,1 pontos Ideb 2011: 2,8 pontos Meta 2011: 3,1 pontos Amapá Ideb 2009: 3,1 pontos Ideb 2011: 3,1 pontos Meta 2011: 3,2 pontos Tocantins Ideb 2009: 3,4 pontos Ideb 2011: 3,6 pontos Meta 2011: 3,4 pontos Maranhão Ideb 2009: 3,2 pontos Ideb 2011: 3,1 pontos Meta 2011: 3 pontos Piauí Ideb 2009: 3 pontos Ideb 2011: 3,2 pontos Meta 2011: 3,2 pontos Ceará Ideb 2009: 3,6 pontos Ideb 2011: 3,7 pontos Meta 2011: 3,6 pontos Rio Grande do Norte Ideb 2009: 3,1 pontos Ideb 2011: 3,1 pontos Meta 2011: 3,2 pontos Paraíba Ideb 2009: 3,4 pontos Ideb 2011: 3,3 pontos Meta 2011: 3,3 pontos Pernambuco Ideb 2009: 3,3 pontos Ideb 2011: 3,4 pontos Meta 2011: 3,3 pontos Alagoas Ideb 2009: 3,1 pontos Ideb 2011: 2,9 pontos Meta 2011: 3,3 pontos Sergipe Ideb 2009: 3,2 pontos Ideb 2011: 3,2 pontos Meta 2011: 3,6 ponto Bahia Ideb 2009: 3,3 pontos Ideb 2011: 3,2 pontos Meta 2011: 3,2 pontos Minas Gerais Ideb 2009: 3,9 pontos Ideb 2011: 3,9 pontos Meta 2011: 4,1 pontos Espírito Santo Ideb 2009: 3,8 pontos Ideb 2011: 3,6 pontos Meta 2011: 4,1 pontos Rio de Janeiro Ideb 2009: 3,3 pontos Ideb 2011: 3,7 pontos Meta 2011: 3,6 pontos São Paulo Ideb 2009: 3,9 pontos Ideb 2011: 4,1 pontos Meta 2011: 3,9 pontos Paraná Ideb 2009: 4,2 pontos Ideb 2011: 4 pontos Meta 2011: 3,9 pontos Santa Catarina Ideb 2009: 4,1 pontos Ideb 2011: 4,3 pontos Meta 2011: 4,1 pontos Rio Grande do Sul Ideb 2009: 3,9 pontos Ideb 2011: 3,7 pontos Meta 2011: 4 pontos Mato Grosso do Sul Ideb 2009: 3,8 pontos Ideb 2011: 3,8 pontos Meta 2011: 3,6 pontos Mato Grosso Ideb 2009: 3,2 pontos Ideb 2011: 3,3 pontos Meta 2011: 3,4 pontos Goiás Ideb 2009: 3,4 pontos Ideb 2011: 3,8 pontos Meta 2011: 3,5 pontos Distrito Federal Ideb 2009: 3,8 pontos Ideb 2011: 3,8 pontos Meta 2011: 3,9 pontos 
Por Ag. Brasil