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terça-feira

A escola e o professor na formação de um sujeito ético-político



...é necessário preparar os cidadãos para serem sujeitos que saibam pensar, saibam questionar, raciocinar, duvidar, para assim poder construir seus próprios conceitos...'

Quem pensa que ser educador nos dias de hoje é algo simples engana-se por completo. O ato de educar é bastante reflexivo, pois é necessária conscientização da importante responsabilidade na formação dos alunos. Como formadores de opinião é necessário, além de diversos fatores, primar pela ética e pela coerência.

Além de inúmeras exigências que o educador carrega em sua profissão, lecionar traz como condição básica pesquisar, falar, proporcionar, vivenciar, ouvir, dialogar, debater, transformar... educando o indivíduo para a vida.

Por esta razão o educador carrega um fardo importantíssimo dentro de uma escola, devendo tornar-se cúmplice da aliança que fez com sua profissão, independentemente da situação difícil em que se encontra, pois sabemos que é uma profissão pela qual está sendo feita uma luta descomunal para que seja vista com seu devido valor pelos políticos e pela sociedade. E esta é uma batalha de anos e muito árdua, sendo que o aluno deve ser ciente desse caos educacional em que nos encontramos hoje.

Profissionalizar-se na área da educação permite ao professor, através da educação na escola, instruir seu aluno a pensar certo nos caminhos que a vida irá lhe propor e que este aluno consiga visualizar o que é válido e o que não é. Um destes caminhos é a visão ampla de uma política justa, correta.

As crianças de hoje serão os futuros políticos, donos de escolas, diretores, gestores de amanhã. E, se estes forem conscientes e agirem com ética e moral, por terem sido conscientizados por seus professores, serão mais zelosos com os benefícios voltados para a educação. Mas para isso é necessário preparar os cidadãos para serem sujeitos que saibam pensar, saibam questionar, raciocinar, duvidar, para assim poder construir seus próprios conceitos e conhecimento.

De falsas promessas o mundo já não precisa, o que mais necessitamos é de pessoas críticas, questionadoras a ponto de identificar um erro, criticar construtivamente, para que mais tarde, não só os educandos, como os educadores e as demais pessoas, não sintam as consequências de uma política mal-elaborada, e mal-questionada.

É necessário os alunos perceberem que nossa sociedade é repleta de falhas, possui muitas carências, e empenharem-se para modificar essa realidade, pois é preciso compreender que a escola nos propõe visualizar o caminho da coerência, da responsabilidade e da criticidade, formando assim seres politicamente evoluídos e convictos de seus valores e conceitos, com a capacidade de modificar e/ou transformar a sociedade a fim de aperfeiçoá-la e guinar nossa nação para o futuro ético. Pois tudo o que fizemos em sociedade tem uma dimensão política; a educação constitui-se, além de diversos fatores, na formação da consciência política.

O que o educador não pode fazer é acomodar-se, pois deverá mostrar aos seus alunos que o amanhã depende do hoje, e o presente quem constrói somos nós, sempre com ética, perseverança, garra e alegria, pois os políticos que hoje governam fomos nós quem os colocou em seus respectivos lugares profissionais!


Por. Priscila Manzoni de Manzoni. Pedagoga.

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sexta-feira

O ano de você

Vovô=ocioso+r$250,00 deixou a vovó apavorada!!!



Há quase vinte anos os computadores portáteis, os celulares, a nuvem da tecnologia e da informática, a privilegiada informação on-line fizeram crer, e quase todos acreditamos, que quem detinha as inovações das máquinas fazia o diferencial. Algumas pessoas eram detentores desses conhecimentos emergentes e, portanto, eram os mais disputados e, além disso, imprescindíveis.

O computador estava ali e quem sabia utilizá-lo dominaria o mundo e conseguiria o almejado lugar no competido mercado de trabalho. Pobre de nós quarentões que mal sabíamos mexer nas teclas dos celulares. Dinossauros, trogloditas ou medievais estávamos condenados à época das trevas de onde jamais sairíamos, mesmo porque os jovens ocuparam nossos lugares e com mais saúde, mais educação focada na nova realidade, empurraram-nos à idéia da cadeira de balanço ou do pijama. Não, não havia mais lugar no mundo para nós, os deficitários das inovações.

A coisa foi piorando com o palm-top, I-pad, I-phone, ai de nós, etc. Em 2000, o Cine Teatro Pampa lotou para ouvir a palestra do midiático, orgulhosamente gaúcho, Waldez Ludwig, consultor de empresas e que estava brilhando na Globo News. Ele falou exatamente sobre isso. Falou que numa época em que a tecnologia e a informática estava ao alcance de todos, inclusive aos velhotes, o domínio sobre tais armas estava ficando em segundo plano e o que interessava, ou deveria interessar, às empresas era o capital humano.

Ele entendia que o diferencial dentro de uma empresa não era mais a máquina, o diferencial era a pessoa, era você e eu. Se a máquina é máquina e pode ser acionada por qualquer um, ou se o resultado é igual se todos acionarem da mesma maneira, terá melhores denominadores quem contar com as melhores pessoas, as mais capacitadas.

Quer dizer, depois de uma tempestade de verão, como quase todas as tempestades, a máquina voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído, o de assessorar o homem em suas capacidades sem jamais suplantá-lo.
As empresas, segundo Waldez, deveriam investir pesado no capital humano, que é o grande patrimônio que ela tem. Não se busca somente mais uma pessoa no departamento; Busca-se mais do que uma pessoa, busca-se alguém que seja reconhecido como gente. Gente é mais do que pessoa.

Mas, veja bem, se entendemos que as pessoas fazem o diferencial, se as pessoas determinam resultados por que razão deixamos participar de nossas vidas pessoas de mau agouro, pessoas pessimistas e negativas? E, ainda, será que somos daqueles que acrescentam às vidas de outros, ou nossas presenças podem ser descartadas? O que seria pior, uma ausência não notada ou uma presença despercebida?

Qual a diferença que fazemos no meio em que vivemos? Já que somos melhores que máquinas bem que esse ano poderia ser nosso, um ano de exercermos nossos talentos, um ano de brindar aos que convivem conosco as nossas melhores habilidades.

Esse é o nosso ano, ano de brilhar, ano de corresponder porque...bem, porque...porque puta que pariu... porque só depende de nós, só de nós e somos maiores que qualquer máquina.


por Jorge Anunciação.