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quarta-feira

Para onde vai nosso ensino?



Estamos num ano de eleições e a partir de agosto começa a campanha eleitoral. Não sou adivinhador, não jogo búzios, não me baseio em bola de cristal, nem acredito em horóscopo, mas, posso dizer com certeza que as três palavras mais utilizadas pelos candidatos será educação, saúde, emprego e segurança. São as grandes preocupações do cidadão. Então, uma vez no palanque, “prometa aquilo que o povo espera”.

O problema está na chegada ao poder, seja nas prefeituras, governo de estado ou governo federal. De maneira geral, não há uma política de desenvolvimento do ensino, diante da nova e dinâmica realidade que vivemos. O desenvolvimento extraordinário das comunicações e do acesso a informática, gera alunos completamente diferentes daqueles alunos do passado. A estrutura familiar atual, em que pai e mãe trabalham, também afeta a educação inicial das crianças, a fase mais importante de nossas vidas. Além dos graves e crescentes problemas de drogadição na sociedade.

Portanto, o poder público deveria proporcionar todos os meios possíveis para que a escola ofereça mais do que muitas crianças já tem acesso em suas casas ou no convício social, como computadores, internet, televisão, etc.

Uma vez no poder, a educação deixa de ser prioridade. Falta de escola, escolas em péssimas condições de funcionamento, salário de professor não é prioridade, como o cumprimento do Piso Mínimo, definido pelo governo federal. Mas, não há nenhum constrangimento em aumentar o salário dos cargos de confiança, destinados aos companheiros de partido. A pedagogia dominante é a de minimizar o conteúdo, retirando o direito maior do aluno, que é a construção do conhecimento. É estéril a idéia da prioridade na socialização, sem os conhecimentos básicos da língua pátria, matemática, ciências naturais e sociais, etc.

O resultado é um desempenho muito ruim do ensino público, fundamental ou médio, com raras e honrosas exceções. Aqui no Rio Grande do Sul, o Colégio Farroupilha, criado pela Brigada Militar é um exemplo de ensino de qualidade. E, é uma escola pública. Ainda bem, que esses colégios estão se expandindo no RS, ao contrário de épocas em que seu crescimento foi limitado por políticas do governo do estado. A dúvida é: por que todas as escolas públicas do estado do Rio Grande do Sul não adotam o bem sucedido projeto do Colégio Farroupilha?

Temos muitos exemplos no mundo, de países sub-desenvolvidos, que em poucos anos se tornaram potências em setores de alta tecnologia, como por exemplo a Coréia, o Japão, dentre outros. A base é um ensino público de qualidade. Na Alemanha, praticamente todo o ensino é público, com alta qualidade. Há opções de escolas privadas, geralmente confessionais, escolhidas por outras razões, não apenas a qualidade do ensino.

Especialistas internacionais olham com muita surpresa nosso modelo de ensino. As famílias ricas, colocam seus filhos na escola privada para garantir um ensino de melhor qualidade. O objetivo maior é que seus filhos conquistem as vagas das boas Universidades Públicas brasileiras. E, lá estudam de graça. É muito mais barato pagar a escola do ensino fundamental, ensino médio, cursos de inglês e cursinhos preparatórios para vestibular, do que pagar uma Faculdade particular de qualidade. Quem não tem recursos financeiros, não tem outra alternativa a não ser colocar seus filhos nessa frágil escola pública. Pela baixa qualidade, poucos conseguem aprovação nas Universidades públicas. Então, sobra a o ensino superior privado, caro e muitas vezes, também de baixa qualidade. Algumas, verdadeiras fábricas de diplomas e não de formação.

O reflexo desse modelo é observado no desempenho dos alunos em provas internacionais, onde figuramos nos últimos lugares entre os países avaliados. Na última viagem do presidente Barak Obama ao Brasil, ele teria indagado a Presidente Dilma, sobre o pequeno número de estudantes brasileiros cursando pós-graduação nos EUA. Enquanto tem mais de 200 mil estudantes Chineses, 150 mil Coreanos, o Brasil tem aproximadamente 7 mil estudantes nos EUA. Por isso, a Presidente Dilma, determinou a criação, em caráter de urgência, de um Programa de estímulo a pós-graduação no exterior, denominado Ciência sem Limites. Ela queria que o programa prevê-se, até o final de seu governo, que 150 mil estudantes fizessem cursos de mestrado e doutorado no exterior. A comissão criada viu todas as dificuldades e baixou para uma previsão de apenas a metade, ou seja, 75 mil bolsas, realidade atual do programa.

Pois, apesar dessas bolsas a disposição, elas não serão preenchidas. Simplesmente, por que o estudante brasileiro não tem competitividade com os estudantes de outros países. Essa é nossa triste realidade, resultado da “Pedagogia do facilitário”, implantada no Brasil de leste a oeste, norte a sul, onde métodos científicos são substituídos por questões ideológicas. Nesse contexto está determinação de que nas escolas públicas do RS não haja mais reprovação até a terceira série. É cômodo e simpático aprovar sem conhecimento. E, o prejuízo para o resto ad vida de um cidadão aprovado sem conhecimento?


por Elmar Luiz Floss.

sexta-feira

Carnaval e cerveja...



O Carnaval se constitui em um dos fortes pilares da cultura brasileira e, paralelamente, uma fonte espetacular de promoção do turismo verde e amarelo. Tanto assim que, no período dedicado ao Rei da Folia, portos e aeroportos, especialmente, tornam-se pequenos para receber as levas de turistas do mundo inteiro que aqui chegam para lotar os sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo, assim como as ruas de Salvador, Recife, Olinda, Porto Alegre e tantos outros centros que exibem as baterias de suas entidades, o gingado de cadeiras de suas morenas, a exuberância das rainhas de baterias, as tradicionais alas de baianas e, enfim, a cadência de um ritmo que somente o Brasil sabe fazer.

Apontamos os chamados grandes carnavais, mas, certo que em todos os cantos do País, todos mostram o que sabem fazer em matéria de samba no pé, em ornamentação e na atração de público, capaz de passar toda uma ou mais noites sem dormir para festejar a passagem da sua entidade preferida.

O período é, por assim dizer, uma maneira de tirar o povo do sério, fazer com que ele esqueça o dia seguinte, quando terá pela frente a dura jornada de trabalho e mais todo um ano pela frente, até que a festa retorne e, então, possa, novamente, exibir-se na avenida ou cantar o samba-enredo na arquibancada.

Esse é o Carnaval que gostamos de ver e aplaudir.
Infelizmente, muitos são os que, mais do que nunca, aproveitam-se do Carnaval para realização de atividades destrutivas, como comércio de drogas, assaltos, arrombamentos, roubos e o "encher a cara e sair para o asfalto", atrás de um volante sem pensar nas terríveis consequências do ato que está praticando.

Natural, pensam muitos, que beber uma cerveja ou outras bebidas alcoólicas, "puxar um baseado ou cheirar uma carreirinha" é positivo como motivação, dando aquele "embalo" de alegria que o Carnaval exige, mas esquecem-se de que, além do mal que provocam ao próprio corpo, ao final do baile ou das festa de rua, acontece o regresso para as casas e, aí, tudo se torna dúbio, pela falta de condições de dirigir e de ter uma família ao lado, ou mesmo, de zelar pela vida daqueles que saíram somente para buscar diversão e que, muitas vezes, ficam impedidos de voltar ao lar pela irresponsabilidade de outros.

O Carnaval, cujo objetivo é promover alegria popular, como uma festa pagã, tem se destacado pelo alto índice de acidentes e de crimes, que enlutam milhares de famílias a cada ano.

Aproveite o período e "vire criança"; pule, brinque, solte a voz embalado pelo sabor do samba, mas, antes de sair de casa, faça uma reflexão para conscientizar-se que Carnaval e álcool jamais formarão um casal perfeito.

Por Moacir Rodrigues.

Pense bem. Divirta-se com responsabilidade...

domingo

O PROFESHOW E O PROFECHATO




Atualmente o tema educação e o processo de ensino-aprendizagem tem sido amplamente discutido em diversos meios de comunicação. Metodologias, materiais didáticos, integração da família na escola, capacitação de professores, são assuntos frequentemente abordados.

Quando vemos alguma informação ligada a educação, vez ou outra nos recordamos de alguns professores que tivemos em nossa vida escolar. Do fundamental até o ensino médio, na graduação ou na pós-graduação, vários foram os profissionais que estiveram lecionando na sala de aula onde estávamos matriculados.

Alguns deles nos lembramos pelo companheirismo, outros pela rigidez na condução do conteúdo, uns pela excelente didática e outros pela total ausência dela.

O curioso é que normalmente nos lembramos daqueles que foram excelentes professores e, também, dos que foram péssimos. Raramente nos lembramos dos professores medianos.

Isso porque ficam guardadas em nossa memória as experiências que se diferenciam das nossas expectativas, ou seja, aquelas que foram positivamente além daquilo que imaginávamos e, da mesma forma, temos facilidade de registrar aquelas que ficaram aquém.

Por que alguns professores conseguem envolver seus alunos na compreensão dos conteúdos, na discussão e participação em sala de aula e outros não? O que caracteriza esse professor considerado bem-sucedido? De qual natureza são os recursos internos de que dispõem os educadores e que desenham sua competência?

Educar pessoas não é uma tarefa fácil, e a profissão de educador é uma das mais desafiadoras e exigentes. O relacionamento com o aluno, lidar com a sensibilidade e a curiosidade da criança, a inquietude e o dinamismo da juventude, a transformação de saberes e a internalização de valores educativos, são atividades que exigem profissionalismo, preparação e amor pela educação.

Tenho feito várias palestras para professores em semanas pedagógicas, seminários, congressos de educação, e este contato tornou-me profundo admirador daqueles que escolheram a educação como profissão. De uma forma geral percebemos que virou moda “desacreditar” da profissão de professor, vemos até mesmo professores falando mau de seu próprio ofício. Porém tenho visto professores que dão um verdadeiro show de desempenho em sala de aula.

Para estes dou o nome de PROFESHOW!
O Profeshow é aquele que ama sua profissão, é pesquisador, movido por desafios e pela necessidade de aperfeiçoamento contínuo. Propicia aos seus alunos oportunidades de construção e reconstrução do conhecimento, fundamentado no aprender a aprender, no aprender a pensar, no aprender a ser, no aprender a conviver, como formas para ampliação da compreensão do mundo.

O Profeshow inova em sua metodologia, entende que não existem trinta alunos em sua sala, mas sim trinta pessoas, e que cada indivíduo necessita de estímulos diferentes para que ocorra o aprendizado. O Profeshow é motivado e motivador, inspirado e inspirador em suas atitudes. Excelente comunicador, ele sabe que é preciso conquistar a atenção, o respeito e a admiração.

O Profeshow fez a escolha pela área de educação, ele é “professor na plenitude da palavra”, dedicando-se a fazer o melhor pelos seus alunos, pela sua escola, colegas de trabalho, pela sociedade e pela sua profissão.

Por outro lado, temos o PROFECHATO. O perfil do Profechato é exatamente o contrário do Profeshow. Está sempre de mau humor, critica sua profissão, completamente sem entusiasmo, encara o dia a dia do seu trabalho como um árduo fardo a ser carregado. Suas aulas são monótonas, sem conteúdo e sem vida. Aliás, vida é tudo o que falta para o Profechato.

Dizem que a nossa vida é feita de escolhas. Qual é a sua escolha? Ser um Profeshow ou um Profechato?


Pense nisso e afine-se para o sucesso!

Por Fabiano Brum

quarta-feira

Quem deve ser reprovado: o aluno, o professor ou o colégio?



A palavra reprovação escolar está vinculada à ideia de condenação, incapacidade e insucesso. Trata-se de uma questão que aflige os estudantes, os pais e os educadores, além de trazer no seu bojo um conjunto de mitos que necessitam ser esclarecidos, principalmente aos pais.

A reprovação não deveria existir no ensino fundamental, pois, tratando-se de escolaridade obrigatória, é esperado que todos obtenham sucesso - compreendido na maior pluralidade possível - no percurso escolar que lhes é imposto por força da lei. Melhor dizendo, meninos e meninas não escolheram estudar, mas são obrigados a frequentar a escola porque a sociedade assim decidiu.

Ora, se a sociedade decidiu pela escolaridade obrigatória entre os 6 e os 14 anos de idade, então que se mobilize para que ela seja eficaz. Isso porque todos são capazes de aprender, desde que sejam respeitados seus sentidos, ritmos, cultura e condições cognitivas.

Partindo desse pressuposto, podemos nos perguntar: por que, então, existe a reprovação? A reprovação existe porque não sabemos fazer uma escola que trabalhe com as diferenças. Nosso olhar "educador-míope" concebe um aluno-padrão e elabora práticas pedagógicas com base nele. Assim, quem não se enquadra no padrão - não por ser pior, mas por ser diferente - acaba sendo reprovado.

Outra hipocrisia da pedagogia da reprovação localiza-se no fato de se reprovar apenas o aluno, desconsiderando-se questões fundamentais do complexo processo escolar. O aluno, aquele que deveria ser resguardado, acaba sendo o culpado pelo seu próprio não-saber. Ora, mas o professor e a escola não existem para ensinar? O aluno não vai à escola para aprender? Caso ele não aprenda, quem deve ser reprovado: ele, o professor ou a escola?

Contudo, se o indivíduo ainda vive esse problema, pode-se tirar dele um pequeno potencial pedagógico. É preciso reconstruir o termo, já que reprovar é um verbo cujo significado pode ser "provar de novo", como o refazer significa, também, "fazer de novo".

Não acredito muito nisso, mas, para acalentar pais angustiados, talvez eles possam dizer aos filhos que, se tivermos que provar um saber num determinado momento e não conseguirmos, resta-nos uma segunda chance. Então, poderemos provar de novo aquilo que sabemos, só que em outro tempo. É importante saber ensaiar o discurso para dizer a nossos filhos que reprovar pode ser um novo momento de provar e que, para isso, é preciso revisitar alguns saberes. Seria um jogo de palavras? Penso que sim, mas vale tudo para recuperar a esperança e a autoestima de quem é o sujeito do existir escolar.

Por: A palavra reprovação escolar está vinculada à ideia de condenação, incapacidade e insucesso. Trata-se de uma questão que aflige os estudantes, os pais e os educadores, além de trazer no seu bojo um conjunto de mitos que necessitam ser esclarecidos, principalmente aos pais.

A reprovação não deveria existir no ensino fundamental, pois, tratando-se de escolaridade obrigatória, é esperado que todos obtenham sucesso - compreendido na maior pluralidade possível - no percurso escolar que lhes é imposto por força da lei. Melhor dizendo, meninos e meninas não escolheram estudar, mas são obrigados a frequentar a escola porque a sociedade assim decidiu.

Ora, se a sociedade decidiu pela escolaridade obrigatória entre os 6 e os 14 anos de idade, então que se mobilize para que ela seja eficaz. Isso porque todos são capazes de aprender, desde que sejam respeitados seus sentidos, ritmos, cultura e condições cognitivas.

Partindo desse pressuposto, podemos nos perguntar: por que, então, existe a reprovação? A reprovação existe porque não sabemos fazer uma escola que trabalhe com as diferenças. Nosso olhar "educador-míope" concebe um aluno-padrão e elabora práticas pedagógicas com base nele. Assim, quem não se enquadra no padrão - não por ser pior, mas por ser diferente - acaba sendo reprovado.

Outra hipocrisia da pedagogia da reprovação localiza-se no fato de se reprovar apenas o aluno, desconsiderando-se questões fundamentais do complexo processo escolar. O aluno, aquele que deveria ser resguardado, acaba sendo o culpado pelo seu próprio não-saber. Ora, mas o professor e a escola não existem para ensinar? O aluno não vai à escola para aprender? Caso ele não aprenda, quem deve ser reprovado: ele, o professor ou a escola?

Contudo, se o indivíduo ainda vive esse problema, pode-se tirar dele um pequeno potencial pedagógico. É preciso reconstruir o termo, já que reprovar é um verbo cujo significado pode ser "provar de novo", como o refazer significa, também, "fazer de novo".

Não acredito muito nisso, mas, para acalentar pais angustiados, talvez eles possam dizer aos filhos que, se tivermos que provar um saber num determinado momento e não conseguirmos, resta-nos uma segunda chance. Então, poderemos provar de novo aquilo que sabemos, só que em outro tempo. É importante saber ensaiar o discurso para dizer a nossos filhos que reprovar pode ser um novo momento de provar e que, para isso, é preciso revisitar alguns saberes. Seria um jogo de palavras? Penso que sim, mas vale tudo para recuperar a esperança e a autoestima de quem é o sujeito do existir escolar.

Por: Franciscan Romana Giacometti Paris. Pedagoga; mestre em educação.

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