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sexta-feira

Brasil tem 9,6 milhões de jovens fora da escola e do mercado de trabalho



Um em cada cinco jovens brasileiros de 15 a 29 anos não trabalhava nem frequentava a escola em 2012, sendo que cerca de 70% eram mulheres. Os números são resultado da Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida dos Brasileiros, divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo, chamado de nem-nem, reúne 9,6 milhões de pessoas e era maior entre os jovens de 18 a 24 anos de idade (23,4%). No subgrupo de 15 a 17 anos, a proporção foi 9,4%.
Entre as mulheres nem-nem, 58,4% tinham pelo menos um filho. A proporção cresce com a idade: 30% das meninas com idade entre 15 e 17 anos, 51,6% entre 18 a 24 anos e 74,1% do grupo entre 25 e 29 anos.
Aos 19 anos, Thayane dos Santos é mãe de Carlos, de 2 anos. Ela mora na casa da mãe dela com mais dois irmãos. A jovem terminou o ensino médio, mas não estuda nem trabalha. “Não tenho quem fique com ele [Carlos], porque minha mãe trabalha e meus irmãos estudam. Não há creche pública perto de casa e os trabalhos que encontrei pagavam pouco e não daria para eu pagar alguém para cuidar dele”, explicou Thayane, ao contar que teve uma oportunidade de trabalhar em casa de família e em uma loja, mas recusou por causa do filho.
De acordo com a coordenadora-geral da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, não é possível atestar uma causa direta entre ter filho e não trabalhar nem estudar. “Precisamos ter uma estrutura melhor de creches, por exemplo. Nós mulheres sabemos como é difícil conciliar trabalho com filho”, comentou ela.
Entre as pessoas de 15 a 17 anos de idade que não frequentavam escola e não trabalhavam, 56,7% não tinham o ensino fundamental completo, embora devessem estar cursando o ensino médio, segundo as recomendações do Ministério da Educação.
Em relação as pessoas de 18 a 24 anos, que deveriam ter ao menos o ensino médio completo, somente 47,4% das que não trabalhavam e não estudavam tinham completado esse nível de ensino. A maioria (52,6%) tinha o ensino médio incompleto.
Segundo os pesquisdores, a situação é preocupante para as pessoas de 25 a 29 anos que não trabalhavam e não estudavam, uma vez que 51,5% tinham ensino médio incompleto, 39,2% completo e 9,3% ensino superior incompleto ou completo.
Segundo o IBGE, entre as mulheres de 15 a 17 anos que não tinham filho, 88,1% estudavam e somente 28,5% das que tinham um filho ou mais estudavam. Um total de 68,7% delas não estudavam nem completaram o ensino médio.
No grupo de mulheres de 18 a 24 anos de idade, 40,9% daquelas que não tinham filho ainda estudavam, 13,4% não estudavam e tinham até o ensino médio incompleto, 45,6% não estudavam e tinham pelo menos o ensino médio completo.
No mesmo grupo etário, entre aquelas que tinham filho, somente 10% estudavam, 56,7% não estudavam e tinham até o ensino médio incompleto, 33,3% não estudavam e tinham pelo menos o ensino médio completo.
Agência Brasil.



quinta-feira

O papel dos pais na educação dos filhos

A família é a base da sociedade. Nesse sentido cabe aos pais um papel fundamental na educação dos filhos. Os pais são os primeiros educadores e, desde o início, estão incumbidos do sustento material, cultural e espiritual das crianças. Este é um dever dos pais, que de modo algum pode ser delegado a terceiros ou substituído pelo Estado.

Todas as vezes em que regimes totalitários quiseram neutralizar este papel dos pais, as tentativas não foram bem-sucedidas. Isto porque somente os pais é que devem cuidar da formação ética e moral dos filhos e prepará-los para a vida. Educação vem do berço, sim.

É preocupante quando vemos a pressão da sociedade pós-industrial, em que jovens casais precisam trabalhar fora (tanto o homem quanto a mulher) e não sabem com quem deixar as crianças, muitas vezes colocadas em creches, quando possível.

Nesses casos, desde a mais tenra idade, estas crianças ficam aos cuidados de instituições públicas, longe dos pais, recebendo influências externas num período que deveriam receber uma atenção integral em casa, no seio de sua família. Mas não é esta a realidade que hoje vivemos, cuja situação deixa lacunas com desdobramentos imprevisíveis no futuro de cada criança vulnerável a esta terceirização.

Mesmo assim, vemos muitos pais assumirem seu papel na educação dos filhos com dedicação e até heroísmo. Apesar das dificuldades apresentadas por uma realidade cada vez mais fragmentada e individualista, muitos pais se esforçam para dar a seus filhos o afeto e a atenção necessários e os conhecimentos que precisam para serem pessoas de bem, com princípios e valores que os fazem assumir os desafios da vida com responsabilidade.

Tais valores devem levar os filhos, quando adultos, a serem pessoas participativas e solidárias, ajudando a sociedade a se desenvolver, isto porque tiveram um bom desenvolvimento pessoal, com o apoio efetivo dos pais.

 E educar, frise-se, é colocar limites.

Não é permitir a filosofia do laisser-faire, do “cada um pra si e Deus pra todos” e só alisar a cabecinha de crianças e adolescentes mimados. Isto tem dado resultados catastróficos.
Educar é estar presente com amor, carinho e valorização, mas sem permitir que os filhos cruzem a “linha vermelha”.


terça-feira

Por que nos querem incultos?



A Educação, por muito tempo, foi silenciada por uma aura de inacessibilidade e incompatibilidade com o indivíduo que não possuía suntuoso valor social, hoje os considerados de baixa renda. Era enaltecida pelo fato de ser considerada uma ciência capaz de exprimir tudo sem os entraves da língua, para todos os grandes homens da nobreza e do clero. Porém, reservada para esses poucos. 

O silêncio parecia providencial e, quantos menos fossem os que tivessem acesso ao barulho estrondoso do conhecimento, menor o número dos poderosos detentores da lei e ordem.

Contudo, desde o início, a profissionalização dos professores foi marcada por relações de poder com os soberanos (especialmente nos reinados). A grande referência da educação clássica era regida na Grécia, passando por Roma, e estendendo-se por toda a Europa, ou qualquer lugar onde houvesse uma civilização que dependesse das políticas sociais.

 Essa digníssima função de mestre era indispensável na distribuição de papéis de importância na sociedade. Afinal, para ter um cargo público devia-se ter frequentado uma boa escola. 

 Assim, para ser político e estar incluído junto aos poderosos, era fundamental ter conhecimento de todas as artes e, imprescindível, ser um exímio leitor e escritor. Conhecer filosofia, sociologia, políticas públicas, línguas, ser conhecedor de cada palavra, além de ter domínio dos fundamentos de todas as outras ciências, como matemática, física, química.

Enfim, necessariamente, era preciso ser um “homem da classe”. Claro, que qualquer homem, mesmo aqueles da plebe poderiam tornar-se “homens sábios”, bastava ter competências e habilidades dignas dos melhores estudiosos na matéria. Portanto, teriam que ter um bom padrinho político. 

No senso comum, muita gente imagina que ser professor é uma pluralidade de experiências alimentadas por modos de pensar e de fazer, que se estendem do século V a.C ao XXI d.C.  Particularmente, no Brasil, essa imagem importada tornou-se uma referência idealizada. Mas, todo processo de colonização cultural é complexo e cheio de surpresas. Por isso, o que aconteceu com a Educação não foi diferente da catequese.  

Porém, a mutação que alavanca os últimos governos é extremamente oposta à matéria aqui exposta, de maneira radical e consciente. Pode-se dizer que a discussão mais potente que tem norteado a prática filosófica e o ativismo político, na esfera política contemporânea, é aquela de “manter tudo como está” a qualquer custo. 

   Especificamente em nosso País, a principal característica é o desinteresse pelos criadores dos programas pedagógicos, com o intuito de gerar cidadãos incultos, sem capacidade de produzir subjetividades e pensamentos críticos; e permitir a vontade de apenas mover seus corpos no espaço, de preferência até as urnas, mas sem desestabilizar as “certezas” e “convicções filosóficas” partidárias, deixando literalmente tudo no mesmo lugar.

Esta visão política tem como desafio lidar com os antigos hábitos cognitivos que ainda norteiam o comportamento de alguns espectadores. Estes, muitas vezes, ainda preferem assistir aos grandes espetáculos e assim, que venha o julgamento do mensalão, com uma bela transmissão por todos os canais da mídia. 

Também, o leilão da Petrobras que traz uma explosão de comentários em todos os meios de comunicação. Mas, o que ambos tem em comum? É a certeza que as cartas estavam marcadas. O revoltante é saber que o STJ não se preocupou em fazer audiências para julgar o cumprimento da lei do piso nacional dos professores.

Enquanto isso, os ministros-artistas mostram o quanto a “justiça” está comprometida com a política e, descaradamente, fazem espetáculos televisivos para firmar seus nomes na mídia ao invés de julgar o abstruso caso mensalão. Com tanto show de imagens e discursos hipócritas, que não há quem não conheça Joaquim Barbosa. Mas quem eram mesmo os condenados?

No entanto, a armadilha é objetivamente mudar a direção dos nossos olhares; é misturar tudo e afirmar que nada é certo, mas tudo é possível na arena da política. 

É dizer por metáforas que o povo não compreende as delongas judiciárias por falta de preparo intelectual, e assim silenciando qualquer manifesto popular sobre o assunto.
 
Desta forma, aciona o mecanismo de desapropriar a Educação do campo da idealização de uma sociedade politizada. Sem educação para o povo não haverá questionamentos.

 Portanto, a detenção das ferramentas do conhecimento continuará nas mãos de poucos. Seremos, para nossos líderes, apenas eleitores incultos atendendo aos interesses das manobras políticas.


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