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quinta-feira

Prioridades na Educação do Rio Grande do Sul



Dados estatísticos apontam para deficiências no ensino no RS, revelando que a universalização do acesso à escola não é suficiente para garantir o sucesso escolar dos estudantes. A voz uníssona da sociedade clama por mudanças necessárias ao desenvolvimento dos estudantes para sua adequada formação.

Nesse sentido, dois aspectos merecem reflexão: o status atribuído ao professor, principalmente aquele da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, e a remuneração desses docentes.

Em relação ao primeiro aspecto, cabe lembrar que os jovens não querem ser professores, razão pela qual cursos de pedagogia e licenciatura estão sendo fechados. Quanto à remuneração dos professores nessas etapas, constata-se que ela é, no caso das instituições privadas, 100% inferior à remuneração dos docentes do ensino superior. Para trabalhar na educação infantil e nos iniciais, em geral, os professores são recém-saídos do curso normal ou de cursos superiores, com destaque para aqueles que fazem cursos a distância, mais rápidos e baratos, mas que impedem o contato presencial com seus professores, tão importante para a construção de paradigmas no seu futuro trabalho.

Os docentes dessas crianças precisam ser mais qualificados e valorizados, já que nessa faixa etária forma-se o caráter, a personalidade e há maior receptividade à intervenção pedagógica do professor.

Há uma inversão de prioridades: os professores que são mais exigidos porque trabalham com indivíduos em formação são os mais desvalorizados social e financeiramente e os mais qualificados optam pela educação superior onde encontram mais status social e melhor remuneração.

Outro aspecto merece destaque: a necessidade de que as universidades atendam as reais demandas na formação de professores. Os futuros docentes precisam ter uma formação que tenha real importância na vida dos estudantes e que venha ao encontro de um ensino que dialogue com as diferentes áreas do conhecimento, sem que elas sejam fragmentadas, separadas por componentes curriculares.

A solução dos graves problemas da educação passa pelas mantenedoras que precisam oferecer aos docentes condições adequadas de trabalho, planejar atividades de formação continuada e redimensionar a paridade em relação ao status social e remuneração dos professores da educação básica.


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