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terça-feira

O drama da insegurança

A população brasileira considera que a falta de segurança e a violência são os principais problemas para que o país consiga oferecer educação de qualidade. A informação vem do levantamento recente feito pelo instituto de pesquisa Data Popular. A sociedade aponta ainda a necessidade da valorização dos professores e funcionários. Os dados da pesquisa foram apresentados na Conferência Nacional de Educação (Conae).

Encomendada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a pesquisa foi realizada em setembro do ano passado com três mil pessoas de mais de 16 anos, nas cinco regiões do país. Para 89% dos entrevistados, há muita violência nas escolas públicas brasileiras. Há consenso quando o assunto é valorização dos professores: 98% avaliam que a profissão deveria ser mais valorizada. “A pesquisa mostra em números o que já sabíamos”, afirmou à Agência Estado o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. “A sociedade vê o que está acontecendo, vê que precisamos de mudança”, pontuou.

O levantamento mostra também que há um consenso de que educação é importante para o futuro do Brasil, pois 99% dos entrevistados tiveram essa opinião. A questão foi levada em consideração nas eleições, pois 72% dizem que se informaram sobre educação antes de votar.
Segundo o presidente do Data Popular, Renato Meirelles, as pautas defendidas pelos professores e funcionários de educação são “amplamente defendidas pela sociedade”. Depois da confirmação disso com a pesquisa, o desafio é fazer com que toda a sociedade se embrenhe na luta pela melhoria de condições salariais e de trabalho dos profissionais da educação.

Para 76%, os professores são menos valorizados do que deveriam pela população; 85% acham que os professores são menos valorizados do que deveriam pelo governo. O salário oferecido aos professores da rede pública é considerado ruim ou péssimo para 66% dos consultados. Apenas 8% disseram que é bom.

O levantamento apontou que mais de 80% dos entrevistados estudou ou estuda em escola pública e grande parte teve conhecimento de algum tipo de violência na escola em que estudou. Os entrevistados disseram saber dos seguintes tipos de casos: agressão física (34,8%), vandalismo (22,7%), discriminação (21%), assalto à mão armada (8,5%), violência sexual (5,9%) e assassinato (3,6%). Mais de 40% tiveram conhecimento de agressão verbal. Mudar este quadro é dever de todos: governos e sociedade.

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Um comentário:

Isa disse...

Olá Willian, texto interessante e que mostra a extrema necessidade do investimento na educação, mas nossos governantes não querem gerar pensadores, pois lucram com a ignorância.
Espero que essa realidade mude e que o Brasil possa um dia estar entre os países que mais investe em educação e em bons salários para os professores.