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segunda-feira

Tabuleiro do poder no Brasil

O Brasil anda sem comando. Em 2014, o povo elegeu Dilma Rousseff para o segundo mandato na presidência. Entretanto, a petista se mostra omissa. Fala pouco e pouco contribui. Parece estar se escondendo da grave realidade que assola o País, em diversos segmentos, sobretudo o econômico. O custo de vida disparou, subsistir está saindo muito caro. Quem sente é o trabalhador, cujo dinheiro enxugou no enfrentamento aos preços.

Mas o problema está também na política. Neste momento, é preciso conviver com o descompasso do Governo Federal e Congresso Nacional. Na Câmara, o ex-ministro da Educação, Cid Gomes, indicou que oposição precisa atuar como oposição e situação precisa atuar como situação. Falou uma verdade que foi condenada pelos nossos ilustres parlamentares. A coragem custou seu cargo, por meio de um pedido de demissão. A solicitação foi acatada de imediato por Dilma.

Pepe Vargas, ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais, foi outra peça movimentada no tabuleiro do poder. Agora ele assume a Secretaria de Direitos Humanos. O vice-presidente da República, Michel Temer, cuidará da articulação política. Caberá a ele intermediar as enfraquecidas relações do Governo. Nesse sentido, é possível haver um jogo de futebol honesto quando o árbitro favorece um dos lados? O PMDB vai ser o time vencedor.

Nesse sentido, os protestos pelo Brasil tendem a ficar mais recorrentes. Os manifestantes, em suma, carregam a mesma bandeira: a ojeriza nutrida contra o atual sistema. As pessoas vão às ruas para manter uma posição, mostrar seu desconforto. A tão sonhada República Brasileira mereceu sonhos mais promissores quando em sua concepção. Há tantos problemas diferentes, tantos dramas por serem corrigidos. E a classe política atiça o povo perigosamente com suas decisões impertinentes. A paciência acabou.

Mas afinal, quem manda no Brasil? Um partido, um empresário, um presidente? Talvez um vice-presidente? Em minha opinião, ninguém. O sistema de governo se fragmentou em inúmeros pedaços. O País está à deriva. Não há voz confiável que dê esperanças de um futuro melhor à nação. Os encargos são muitos, os direitos se esfacelam, os serviços não funcionam. Essa realidade, entretanto, está distante demais para os verborrágicos personagens de terninho. Para mudar alguma coisa, vai levar muito tempo.


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