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sábado

Sobre a brevidade da vida...

Título de uma das obras mais difundidas da antiguidade latina, nos faz refletir sobre nossa passagem efêmera neste planeta e o legado que deixaremos para nossos futuros semelhantes. Será que nosso desejo mais profundo não passa por deixarmos uma contribuição que durará para além de nossa vida?

Ao analisarmos a conduta humana durante os séculos, nos deparamos com a frequente exclusão/ castração/ falta de reconhecimento/ solidão… que os “modelos sociais” de suas épocas impeliam aos seus conterrâneos que trabalhavam diligentemente registrando sua alma em seus trabalhos.

Certo ou errado, na linha moral ou quebrando regras, fato é que grandes pensadores/ visionários/ revolucionários e artistas foram, e continuam sendo, massacrados pela sociedade na qual estão inseridos.

 Nosso pequeno mundo cotidiano demonstra bem que não precisamos ser gênios ou estarmos em ascensão para sermos constantemente bombardeados pelo comportamento alheio que vive imerso em sua “ilha” de importância, nutrindo egos cada vez mais inflados, que se ofendem com pouco, porém com menos ainda contribuem para a civilização humana.

São gente, mas pensam que são cargos. A vida abana sua complexidade, mas a vaidade os cega. Criam um mundo próprio, ilus&oa cute;rio, e pensam que estão seguindo o caminho certo… Vazio.

Será que, tal como Sêneca, em momento algum se questionam sobre a brevidade da vida?

 Que todas as noites mal dormidas, os quilos a mais, a deterioração da saúde, a falta de tempo que não permite a criação de laços duradouros, a cegueira de um cargo que parece ser a única coisa importante e desejável para todos os tem levado para uma finalização ainda mais imediata de sua passagem sobre este mágico local? O que ficará registrado de sua existência? Quem se lembrará do Silva que exercia aquele cargo em 1982? Do Carvalho, que era amável com todos e tem sua história contada e recontada diversas vezes pelos seus pares e para as  gerações posteriores pela boca dos seus? Onde ou em quê/ quem sua alma ficou impressa? A pressa para galgar degraus que irão levá-los para léguas de distância do real sentido da vida.

Certamente não há definição unânime sobre ele, mas as setas que apontam de nossos corações e mentes para o caminho que nossa individualidade deseja seguir não estarão sendo abafadas por um terrível senso de urgência que nos leva a corrermos cada vez mais em busca do topo? Topo do poço – vazio de minha alma esquecida, abafada… morta e enterrada… para sempre?


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