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terça-feira

Um problema de saúde para ficar atento



Um alerta lançado pelo Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMusp) pode servir de auxílio aos demais hospitais e também aos profissionais que tratam da saúde da população diariamente. Tontura e perda de equilíbrio, seguidas de náusea leve, durante apenas alguns segundos, podem ser sinais da Vertigem Paroxística Postural Benigna (VPPB). A síndrome não tem causa definida, pode se manifestar em qualquer idade e atinge um grande número de pessoas.
Os detalhes foram apresentados pelo otoneuro do FMusp, Ítalo Medeiros, que conversou com a assessoria do Instituto Central do HC. De acordo com o médico, de cada cem pacientes atendidos por mês no ambulatório da Divisão de Otorrinolaringologia, pelo menos 15% sofrem com a doença.
Além de gerar desconforto e insegurança, a síndrome aumenta o risco de quedas, especialmente em idosos, e pode prejudicar aqueles que dirigem, cuidam de crianças ou operam máquinas. O tratamento consiste em manobras posturais, em que o profissional executa uma série de posições de cabeça e do corpo. Os resultados são favoráveis em 80% dos casos. E o uso de medicamentos não é necessário na grande maioria.
Identificar a doença, porém, é a etapa mais difícil de todo o processo, explica Medeiros. Alguns pacientes chegam ao HC com mais de dois anos de queixas. Outros são medicados na esperança de amenizar os sintomas, o que compromete ainda mais a saúde do paciente.

Para o diagnóstico, o paciente, sentado em uma maca, vira a cabeça para um dos lados, de forma brusca. Em seguida, o médico deita rapidamente o paciente na tentativa de desencadear uma crise típica de vertigem. Nesta situação, os olhos do paciente começam a girar e a tontura aparece. Pelo tempo de movimento dos olhos, o especialista descobre a localização da alteração dentro do labirinto e propõe a manobra correta.
Sabe-se que a VPPB é causada por partículas de carbonato de cálcio (otólitos) que se soltam do utrículo, presentes no ouvido interno, e caem no canal semicircular do labirinto. Se o problema afeta o ouvido interno direito, por exemplo, a cada movimento da cabeça os otólitos se movem para onde não deveriam estar e, consequentemente, atrapalham o funcionamento do labirinto. A manobra correta recoloca as partículas soltas dentro do labirinto e acaba com a tontura e a perda de equilíbrio.

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