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quarta-feira

A importância de alfabetizar desde cedo


Há atividades lúdicas que contribui com processo de alfabetização

A alfabetização é uma das fases mais importantes da vida de uma criança. Muitos pais se preocupam em saber se existe ou não uma idade ideal para a alfabetização e como isso afeta o rendimento de seus filhos na escola.
Pedagogos e especialistas da área divergem quanto à questão do tempo certo para iniciar esse processo de aprendizado. Alguns dizem que a idade certa é por volta dos 7 ou 8 anos, pois as crianças menores são pequenas e não possuem maturidade. Outros, por sua vez, acreditam que começar o processo de alfabetização antes dessa idade facilita todo o processo.
Na Finlândia, por exemplo, pesquisadores realizaram uma investigação ao longo de 18 anos acompanhando três grupos de crianças que corriam o risco de se tornarem disléxicas.  Os pesquisadores observaram o seguinte: no grupo de crianças que se tornaram disléxicas aos 7 anos, todas apresentavam, dos 3 anos e meio aos 5 anos, um baixo desempenho em atividades de consciência fonológica. As crianças do grupo que não atingiu sucesso em leitura aos 7 anos também tinham um baixo desempenho em atividades de consciência fonológica.
Já aquelas que tiveram um alto desempenho em leitura aos 7 anos eram as mesmas que, entre os 3 anos e meio e os 5 anos, apresentaram um alto desempenho em atividades de consciência fonológica, conhecimento de letras, memória fonológica, linguagem receptiva, linguagem expressiva e assim sucessivamente. Nesse caso, é possível perceber a diferença que houve no grupo de crianças que tiveram estímulos mais cedo.
Na escola onde leciono alterei o programa de pré-alfabetização a fim de preparar as crianças para o momento da alfabetização e, consequentemente, aumentarem o desempenho em leitura e escrita nos anos seguintes.
Há quem acredite que a alfabetização é um processo torturante, em que a criança é obrigada a fazer cópias e aprender combinações de sons. Mas esses são os métodos tradicionais. Há diversas atividades aplicadas no âmbito da abordagem fônica que são extremamente lúdicas e divertidas.
A criança começa a ficar mais empolgada ao aprender e ao adquirir habilidades. Além disso, os pais ficam mais contentes, pois não imaginavam que os filhos fossem capazes de fazer tantas coisas apenas com 3 ou 5 anos.
Portanto, não é preciso esperar tanto para estimular os filhos a ler e escrever. Isso pode ser iniciado alguns anos antes mediante brincadeiras, sem que haja um ensino precoce da alfabetização. Pelo contrário, as atividades que promovem a aquisição de habilidades fundamentais no processo de alfabetização são lúdicas. A realização delas pode ser uma forma de divertimento para as crianças, além de proporcionar-lhes uma melhora da memória fonológica.
Quando a criança aprende a ler e adquire fluência na leitura, naturalmente seu desejo por esta tende a aumentar cada vez mais. Por isso, ao procurar uma escola para seu filho, busque uma que atenda às demandas dele e leve em consideração suas capacidades.
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Conceito de educação


Sempre é difícil nascer. A ave tem que sofrer para sair do ovo, isso você sabe. Mas volte o olhar para trás e pergunte a si mesmo se foi de fato tão penoso o caminho. Difícil apenas? Não terá sido belo também?


Nas sociedades primitivas a educação se acha difusa, integrada ao próprio funcionamento da sociedade, como tal, de modo que todos educam a todos.
À medida que os agrupamentos humanos se tornam mais complexos, surgem organizações especificamente encarregadas da transmissão da herança cultural, como a escola (se bem que em graus de organização variáveis, conforme as necessidades).
No entanto, a educação formalizada não substitui a educação informal que permeia o tempo todo as relações entre os homens.
A educação não é, porém, a simples transmissão da herança de antepassados, mas o processo pelo qual também se torna possível a gestação do novo e a ruptura com o velho.
Evidentemente isso, ocorre de maneira variável, conforme sejam as sociedades estáveis ou dinâmicas.
As comunidades primitivas resistem à mudança, devido ao caráter divino de suas crenças; o mesmo aconteceria nas antigas civilizações do Egito e do Oriente, que eram tradicionalistas.
Já nas sociedades urbanas contemporâneas a mobilidade é muito menor.
Para Libâneo educar que advém do latim educare é conduzir a um estado a outro, é modificar numa certa direção o que suscetível de educação.
O ato pedagógico pode, então, ser definido como uma atividade sistemática de interação entre os seres sociais, tanto no nível do intrapessoal como no nível da influência do meio, interação essa que se configura numa ação exercida sobre sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida.
Presume-se, aí, a interligação no ato pedagógica de três componentes:
- um agente(sujeito cognoscente);
- uma mensagem, transmitida por conteúdos, métodos, automatismos, habilidades e,
- um educando (aluno, discente, uma geração deles)
O que é especificamente pedagógica está na imbricação entre a mensagem e o educando, propiciada pelo agente. Como instância mediadora, a ação pedagógica torna possível a relação de reciprocidade entre o indivíduo e a sociedade.
Conclui-se então que a educação não pode ser compreendida fora do contexto histórico-social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica.
No início do processo, o educando tem uma experiência social confusa e fragmentada, que deve ser levada a um estádio de organização.
O professor Demerval Saviani define educação como um processo se caracteriza por ser uma atividade mediadora no sei da prática social global.
A fim de não confundir conceitos, convém estabelecer algumas nuanças entre a educação, ensino e doutrinação.
Educação é conceito genérico, bem amplo e que supõe o processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só a formação de habilidades, mas também do caráter a da personalidade social.
O ensino consiste na transmissão de conhecimentos, enquanto a doutrinação é uma pseudoeducação que não respeita a liberdade do educando, impondo0lhe conhecimentos e valores.
Nesse processo, todos são submetidos a uma só maneira de pensar e agir, destruindo-se o pensamento divergente e mantendo-se a tutela e a hierarquia.
Ao contrário da doutrinação, a verdadeira educação tende a dissolver a simetria entre educador e educando, pois, se há inicialmente uma desigualdade, esta deverá desaparecer à medida que se torna eficaz a ação do agente da educação.
O bom educador é, portanto, aquele que vai morrendo durante o processo.
A respeito aos dois primeiros conceitos, educação e ensino não há como separar nitidamente esses dois polos que se complementam.
Educação é um conceito genérico, mais amplo que supõe o processo de desenvolvimento integral do homem, ou seja, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só a formação de habilidades, mas também do caráter e da personalidade social.
O ensino consiste na transmissão de conhecimentos, enquanto que a doutrinação é pseudoeducação que não respeita a liberdade do educando, impondo-lhe conhecimentos e valores.
Nesse processo, todos são submetidos a uma só maneira de pensar e agir, destruindo-se o pensamento divergente e mantendo-se a tutela e hierarquia.
Ao contrário da doutrinação, a verdadeira educação tende a dissolver a assimetria entre o educador e educando, pois, se há inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz a ação do agente da educação.
O bom educador é, portanto, aquele que vai morrendo durante o processo. Quanto aos dois primeiros conceitos a educação e o ensino, não há realmente como separá-los nitidamente, pois são pontas que se complementam.
Como se poderia educar alguém sem informá-lo sobre o mundo em que vive?
É a partir da consciência de sua própria experiência e da experiência da humanidade que o homem tem condições de se formar como ser moral e político.
Da mesma forma, toda informação, mesmo que fornecida sem a aparente intenção de formação, ao ser assimilada pelo educando, interfere na sua concepção de mundo. E, com frequência, a informação pretensamente neutra, está em verdade, eivada de valores.
Até agora, parece que a práxis educacional, sendo intencional, será mais coerente e eficaz se souber explicitar de antemão os fins a serem atingidos no processo.
Retomando a história, vemos que a Grécia dos tempos homéricos preparava o guerreiro, na época clássica, Atenas formava o cidadão e Esparta era uma cidade que privilegiava a formação militar.
Na Idade medieval, os valores terrenos eram submetidos aos divinos, considerados superiores e, assim por diante.
Seguindo esse raciocínio, sem dúvida, teríamos muita dificuldade em determinar com segurança quais os fins da educação no mundo contemporâneo: quais valores se encontram subjacentes ao processo?
Se tal elucidação é relativamente simples quando é feita a posteirori, mostra-se a problemática, quando queremos definir os fins.
Revela-se inadequada a procura de fins tão gerais, válidos em todo tempo e lugar.  Mas, é preciso analisar os fins para uma determinada sociedade e, ainda assim estar atento para os conflitos a esta inerentes, onde existem classes sociais com interesses divergentes, os fins não podem ser abstratamente considerados. Da mesma forma que não como analisar os fins da educação presentes em um país desenvolvido, aplicando as conclusões aos países em desenvolvimento.
Existe outro busilis, a partir de considerações realizadas por Dewey, para quem o processo educativo é o seu próprio fim (o fim não é prévio, nem último, porém deve ser interior à ação).
No viver diário e cotidiano, na vida, atividade e fim se confundem. Os pais criam seus filhos para se tornarem adultos? Ou a sua criação é parte da vida deles e dos seus próprios filhos?
Isso significa que a educação não deve estar apartada da vida e nem é preparação para vida, mas é a própria vida, em si mesma.
Não sendo os fins exteriores à ação, não quer dizer que a ação se realize sem a clarificação dos fios e, sim que esses devem ser compreendidos como objetivos que se colocam a partir da valoração por meio da qual o homem se esforça para superar a situação vivida.
Por isso, as necessidades humanas devem ser analisadas concretamente e, as prioridades serão diferentes se nos propusermos a educar em uma favela ou em bairro de elite.
Portanto, os fins se baseiam em valores provisórios que se alteram conforme alcançamos os objetivos imediatos propostos e, também enquanto muda a realidade vivida.
A educação não está à margem da história, revela-se por ser apenas no contexto em que os homens estabelecem entre si as relações de produção da sua própria existência. Dessa forma, é impossível separar a educação da questão do poder: afinal, a educação não é processo neutro, mas se acha comprometida com a economia e a política de seu tempo.
A ideologia consiste na imposição dos valores de uma classe (portanto seus valores particulares) a outra, como se estes fossem valores universais. Assim, para o colonizador lusitano, o bom índio era aquele que era submisso, disposto a trabalhar de acordo com o padrão europeu e se tornar cristão, abandonando suas crenças e culturas, consideradas atrasadas.
Por isso, a educação não pode ser considerada apenas um simples veículo transmissor, mas também um instrumento de crítica dos valores herdados e dos novos valores que estão sendo propostos. A educação abre espaço para que seja possível a reflexão crítica da cultura.
À guisa de conclusão, convém relembrar a importância fundamental da formação do educador, para que a superação de contradições seja realmente possível com maior grau de intencionalidade e compreensão dos fins da educação.
Nos tempos que vivemos contemporaneamente, algumas tarefas se mostram urgentes e se impõem. A principal destas é que tenhamos força suficiente para tornar nossa sociedade mais justa e menos seletiva.
E, tornar a educação verdadeiramente universal, formativa de forma que socialize a cultura herdade, disseminando a tolerância e dando a todos os instrumentos de crítica dessa mesma cultural, só será possível pelo desenvolvimento da capacidade de trabalho intelectual e manual integrados.
A educação deve instrumentalizar o homem como um ser capaz de agir sobre o mundo e, ao mesmo tempo, compreender a ação exercida.
A escola não é a mera transmissora de um saber acabado e pronto e definitivo, não devendo, pois, separar a teoria e prática, e nem a educação da vida. A escola ideal não separa cultura, trabalho e educação.
Aproveito para prover um pequeno vocabulário etimológico (onde quase todas as referências são latinas):
Aluno - alumnus, isto é, criança nutrida no peito. Daí pupilo, discípulo.
Aprender - apprendere: agarrar, apanhar, segurar, apoderar-se. Daí tomar conhecimento, prender na memória, apoderar-se do saber.
Educar - a) educare: criar, amamentar.
                b) educere : levar para fora, fazer sair, tirar de : dar à luz, produzir.
Daí indicar o caminho para aprender.
Ensinar insignire: assinalar, distinguir, colocar um sinal, mostrar, indicar. Daí indicar o caminho para aprender.
Instrução - instructio - onis: construção, edificação.
Mestre - magister o que comanda, dirige, conduz.
Pedagogo do grego padigogós (pais, paidos = criança e agogós- guia condutor) escravo que acompanhava as crianças à escola, depois, mestre, preceptor.
Saber- sapere ter sabor, agradar ao paladar, saber, conhecer, aprender.
texto - textum  - tecido, pano, obra formada por várias partes reunidas.
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domingo

Opinião não vale nada


Na internet, se olharmos bem, as pessoas parecem um monte de profetas loucos falando para ninguém.

Era uma vez um mundo mágico onde todo mundo tinha uma opinião. Para qualquer assunto, qualquer evento, opiniões e mais opiniões competem pela atenção do público, enquanto esse, por sua vez, cria suas próprias opiniões sobre assuntos mais diversos ainda.
Deus me livre não ter opinião, dizer “não sei” ou precisar estudar antes de falar. Em nosso mundo mágico, o que importa mesmo é ter opinião e ser ouvido pelo mundo.
Não me leve a mal. Ter opinião é legal. Quando me perguntam o que quero comer no jantar, que filme quero assistir ou se hoje vou em tal evento ou não, sei que minha opinião é sempre bem vinda.
Quando me perguntam sobre a sexualidade de crianças, para onde vai o dólar ou qualquer outra das centenas de questões complexas que circulam pela mídia e redes sociais como se fossem receitas de bolo, sei que minha opinião vale menos que uma nota de três reais. Melhor ficar quieto do que sair falando besteira.
Antigamente, ser escutado dava algum trabalho. Você tinha que ir até uma aula, em que pessoas com algum conhecimento no assunto debatiam com base em alguns fatos e conhecimentos.
Ou você tinha que abrir uns livros, estudar, checar o que estava acontecendo para finalmente montar uma opinião e, o mais difícil, ser capaz de mudar de ideia caso descobrisse que as coisas não eram bem como você pensava.
E aí chegou a Internet, as redes sociais, o jornalismo que mede seu impacto por curtidas. Tem uma cena na comédia “A Vida de Brian” em que um pretenso profeta vai até um mercado, sobe em um caixote e começa a discursar para o público.
De repente, ele olha em volta e vê um monte de profetas malucos, cada um em seu caixote, falando as besteiras que bem entendem.
Eu não consigo mais deixar de ver as discussões da mídia, política e redes sociais como uma grande versão dessa antiga comédia: um monte de malucos berrando qualquer coisa aos quatro ventos, para, quem sabe, atraírem um público adequado para seu lado.

E não pense que estou exagerando. Já passei tempo suficiente em sala de aula para saber que alunos adoram ter opinião sobre coisas como a taxa de juros, a dívida externa e o câmbio entre moedas, mas já perdi a conta de quantas vezes tive que explicar aos mesmos alunos a diferença entre uma curva linear e exponencial e até coisas básicas sobre como calcular porcentagens (e olha que estou falando de faculdade e alunos “bons”).
Se a matemática é terrível, nem me faça começar a falar sobre os erros de português (pronto, finalmente estou parecendo uma tia velha).
Somos uma nação que não lê. Os números são baixos e desconfio que as pessoas mentem. Me desculpem, mas quando as listas de preferências de leitura mostram frequentemente nomes como “Bíblia" e “Machado de Assis”, a única conclusão a que chego é que boa parte dos respondentes pensa em algo bonito para não passar vergonha e confessar que faz tempo que não abre um livro.
De novo, fui professor, escrevi livros, perdi a conta de quantos alunos caras de pau leem resumos na Internet e juram sob o risco de tortura que adoram tal autor.
É óbvio que existem os bons. São muitos, e muito bons. Mas em um monte de loucos berrando em caixotes, quem ganha é quem berra mais alto. Duvida?
Basta olhar as notícias especializadas sobre “surpresas" no mercado financeiro. “O dólar devia ter feito isso”; “A bolsa devia ter feito aquilo”. Se tivessem ideia sobre o que estão falando, essas pessoas saberiam que nenhuma dessas coisas devia ter feito porcaria nenhuma.
 Veja políticos e completos leigos no assunto formando e gritando opiniões sobre sexualidade, violência, educação e formas de gestão.
Fatos, citações de fontes com autoridade, pesquisas com algum embasamento? Nada. Dominam “pensamentos”, “coisas que eu gostaria que acontecessem” e o que resolvi chamar de fofices, “coisas que acho que são verdade com base no meu modo fofo de ver o mundo”.
Atitudes perigosas e bem comuns, que deixam o interlocutor no devaneio de ser dono da verdade, enquanto todos os outros são taxados de estúpidos ou algo assim.
Ter opinião, querido leitor ou leitora, é bom. Pesquisar, entender, discutir, ampliar o domínio sobre o assunto que pretendemos tratar é melhor ainda.
Um sábio disse uma vez que, ao entrar em uma discussão, se você não conseguir sustentar os argumentos de seus oponentes melhor do que eles, é melhor ficar quieto e ir estudar.
Nossa opinião, na maioria das vezes, não vale porcaria nenhuma.
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sexta-feira

O lugar mais desabitado do planeta

Tudo se processa e se realiza sempre no aqui e no agora. No entanto, vivemos muitas vezes imobilizados pelo passado ou excessivamente ansiosos pelo futuro. Para sermos felizes, precisamos aprender a equilibrar esta equação.

Em uma de suas palestras sobre mindfulness, o psicólogo mestre em saúde coletiva e professor/instrutor de mindfulness, Marcelo Batista de Oliveira, disse uma frase que jamais esqueci: "o momento presente é o lugar mais desabitado do planeta".
De fato! Parte do tempo vivemos absurdamente presos ao passado - lamentando o que não foi, reclamando do que foi, magoados pelo que nos feriu, acorrentados à culpa ou ao remorso, tristes e ressentidos, desanimados e desiludidos.
 E outra parte vivemos ansiosos pelo futuro, temendo o que virá, sofrendo antecipadamente pelo que supomos, imaginando um fim trágico ou inquietos e apressados para que cheque rapidamente o final feliz.
É tão comum localizarmos nossa felicidade no tempo futuro que nem percebemos o mecanismo interno que nos desloca do presente quase que continuamente.
Vivemos aguardando o fim de semana, esperando as férias, desejando a aposentadoria, acreditando que seremos felizes quando conseguirmos conquistar isso e aquilo ou alguém.
Somos especialistas em acrescentar sofrimento ao que poderia ser em si mesmo uma experiência enriquecedora.
Se fui convidado para fazer uma apresentação, por exemplo, obviamente haverá algum estresse envolvido e é natural e saudável que seja assim. 
É meu cérebro me dizendo que preciso me preparar para enfrentar a nova experiência e é isto exatamente o que eu devo fazer.
Mas o problema é que começo a agregar outros sofrimentos. E se me der branco? E se o microfone não for bom? E se não gostarem de mim? E se o assunto não agradar? Eu não sou bom o suficiente! Eu já falhei uma vez! Estou gordo para subir ao palco! E uma série de pensamentos sabotadores que minam minha autoconfiança e minha energia.
Antes de mais nada, ainda que este seja um assunto bastante “batido”, precisamos lembrar que a vida acontece no aqui e no agora. Apegar-se ao passado ou sofrer pelo futuro não nos favorece.
O que é preciso ser feito será sempre feito no tempo presente. A vida acontece e se plenifica no aqui e no agora.
No futuro pode e deve estar o que em coaching chamamos de nosso ponto B, nosso motivador positivo, nossa meta pessoal, nosso melhor desejo –  mentalizado como um estímulo e uma inspiração para o que deve ser feito agora. 
No agora é que eu tomo as providências para chegar ao meu objetivo da melhor forma possível. Este o primeiro passo. Definir o que eu desejo e trabalhar aqui e agora nesta direção.
Isto é bem diferente de viver com a cabeça no futuro. É no aqui e no agora que deve estar nossa energia. Encontrar razões para ser feliz durante o processo, a busca, a construção diária.  
A alegria e a potência de agir devem iluminar a estrada, dar vida e graça aos pequenos passos. O caminho do bem-estar se faz no aqui e no agora.
Aprender a saborear cada dia e extrair dele as lições que a vida nos oferece. Valorizar os relacionamentos. Contribuir. Pertencer. Estar realmente presente. Encontrar o sentido da vida a cada momento.
Compreender, inclusive, que é possível e preciso ser feliz mesmo quando nosso objetivo não foi alcançado, apesar de nosso desejo, de nosso empenho e de nossos méritos, aprendendo a encontrar o sentido até mesmo quando a vida não nos dá o que tanto desejamos, atentos ao que ela está querendo nos ensinar.
Quanto ao passado, deixar que se vá o que já não nos serve – incluindo mágoas e ressentimentos, que apenas adoecem e destroem.  Reparar o que ainda for reparável, ressignificar o que que for possível, perdoar e perdoar-se pelo que consumado está.
E quanto à forma como pensamos o futuro, um bem-humorado alerta vem do filme Click. Nele, o personagem vivido por Adam Sandler ganha um controle remoto mágico, capaz de avançar o tempo para ir direto ao ponto desejado. 
Contido de início, logo ele se encanta com a possibilidade de acelerar todas as partes “chatas” da vida, tratando de pular todas elas para chegar diretamente ao que lhe interessava no futuro. 
Parecia perfeito. Até que ele percebeu que o futuro havia chegado evidenciando um profundo abismo entre ele e as pessoas que ele mais amava, tornando sua vida insípida, infeliz e sem significado. 
Só então compreendeu que desejando tão ardentemente alcançar suas metas e situando sua mente e seu coração sempre no futuro, desprezou o processo, negligenciou o caminho e descuidou das conexões humanas. 
Viveu no piloto automático, não se fez plenamente presente, não criou laços, não aprofundou relacionamentos, não foi capaz de autotranscender, ir ao encontro do outro e descobrir um sentido maior para sua vida. 
E você? Tem vivido plenamente o presente?
Vale a pena refletir a respeito.

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sábado

Por que os mentirosos prosperam nas empresas?

Empresas devem ser geridas por líderes que enxergam a realidade e fazem os ajustes necessários, e não por aqueles que, preocupados somente com o próprio bônus, não hesitam em fraudar números para consegui-lo


Eu conversava com um amigo da área de tecnologia da informação, que me dizia não compreender como uma grande fabricante de computadores estava com um enorme prejuízo deixado por um executivo de vendas que acabara de ser demitido.
O presidente da empresa fora informado pela auditoria da descoberta de uma série de não conformidades de responsabilidade do executivo.
 O prejuízo acarretou uma restruturação da área, e aqueles que ficaram teriam de recuperar os números da empresa.
 Isso significava uma pressão extra em um momento já muito desfavorável, sem contar a frustração e o estresse.
Como foi possível uma pessoa desonesta chegar a um cargo com tanta capacidade para produzir estrago tão grande? Na raiz do problema, estava o próprio presidente da empresa.
 Ele não era de má índole, mas, em plena contração econômica, exigia que seus executivos entregassem números de vendas impossíveis de ser obtidos. Números que somente um mentiroso poderia prometer cumprir.
Portanto, é necessário fazer uma reflexão racional sobre o contexto no qual a empresa opera. Todo mercado evolui em ciclos, formados por fases de expansão e de contração.
 Entretanto, é muito comum empresas que estão há mais de quatro anos expandindo, por exemplo, projetarem seus números como se essa fase fosse durar para sempre e na mesma intensidade.
É importantíssimo que os executivos olhem para os ciclos de seus mercados. Um administrador que os desconhece perde muito de sua capacidade de previsão e, portanto, de estabelecer planos que possam ser cumpridos.
É com base nessa realidade que as responsabilidades devem ser repartidas entre os administradores da empresa.
Principalmente no caso daqueles responsáveis por vendas, as demandas devem ser de acordo com o que os números mostram ser factíveis.
Pedir mais do que isso é criar as condições para que executivos inescrupulosos prometam quantidades de vendas impossíveis de ser realizadas. E que, no futuro, trarão grande dor de cabeça para a empresa.
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quarta-feira

Nosso cérebro, uma potência para ser mais feliz


Felicidade é algo de grande benefício, pois organiza o cérebro de uma forma produtiva.

O tema felicidade é meu foco desde 1998, quando trabalhava ligada ao negócio e com a meta de atrelar o desenvolvimento ao resultado. Percebi que a felicidade é ativa.
Felicidade faz o "mindset" ser flexível e estratégico, com visão 360º ou quem sabe 720º. Sempre observei, ali ainda sem dados estatísticos, que um gestor feliz era determinado em seu objetivo e, com habilidade, lia o cenário e agia.
Felicidade é algo de grande benefício, pois organiza o cérebro de uma forma produtiva. Há criatividade na felicidade, que impulsiona novas saídas. Para lidar com cenários oscilantes é um bem sem precificação, ainda.
Um profissional feliz persiste, um profissional infeliz abandona ou repete o mesmo comportamento, justificando o desgaste de não alcançar o objetivo.
A infelicidade proporciona rigidez para o cérebro, pois o foco se mantém no que fomenta o desconforto. Treinamos a mente com muita agilidade, nosso cérebro é muito responsivo.
Quando comecei a estudar a felicidade e desenvolver a engenharia da felicidade ,o maior objetivo inspirador foi disponibilizar estratégias que treinem o cérebro ou modelo mental e emocional para acessarmos mais vezes a felicidade.
Lembrando que felicidade produtiva é diferente de êxtase momentâneo ou ausência de compromisso e visão de realidade.
Existem muitas distorções sobre felicidade, talvez até um medo em assumir que para ser feliz é importante agir internamente mais que externamente.
Profissionais felizes são mais comprometidos, pois estão conectados aos seus valores e pouco sensíveis ao julgamento externo, se esse for distinto dos seus valores.
Então para ter o profissional feliz, um ponto de sustentação é a Cultura Corporativa. Sem esse link, há muito espaço para a infelicidade e, consequentemente, ausência de comprometimento.
Um profissional feliz sabe analisar dados, fatos e resultados, tem liberdade para buscar informação e sente prazer em fazê-lo, sem sentir se desqualificado. Ninguém é feliz em ser quem é, sentindo desqualificação diante do desconhecido! Essa atitude gera melhores resultados com solidez.
Outro aspecto dos profissionais felizes que faz a diferença para uma empresa é a abertura para aprender e passar seu legado, formar sucessores. Outro grande "tabu" no ambiente corporativo.
Para ter sucessor é importante ser feliz e descobrir que alguém pode fazer algo que fazemos às vezes melhor e, reconhecer que ensinamos ou colaboramos para alguém ser melhor!
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terça-feira

Decidir com a cabeça ou com o coração? Eis a questão


Decidir e, sobretudo, decidir bem, se tornou ação fundamental na vida do profissional que não quer ver seus resultados minguarem ou escoarem pelos dedos ao fim de um período laboral. Mas como ser um bom tomador de decisões?


Tomar decisões é inevitável na vida de qualquer profissional, independente da área que atua ou do nível hierárquico que ocupa. Foi-se o tempo em que a nossa divisão de trabalho permitia sermos colaboradores “adestrados” para o ato de operacionalizar, estilo Homer Simpson e o seu botão vermelho da fábrica do Sr. Burns.
 Decidir e, sobretudo, decidir bem, se tornou ação fundamental na vida do profissional que não quer ver seus resultados minguarem ou escoarem pelos dedos ao fim de um período laboral. Mas como ser um bom tomador de decisões?
Bem, em primeiro lugar precisamos estar cientes que as boas decisões processuais dentro de uma organização são o que maximiza resultados, eleva o respeito da marca no mercado, melhora o clima organizacional, leva a boas contratações e por aí vai. 
Dito isto, precisamos conhecer a fundo a cultura da empresa em que trabalhamos e qual o conteúdo que compõe o seu Triângulo MVV: Missão, Visão e Valores, em seguida conhecer o terreno onde nossas resoluções vão ser tomadas e ter consciência que ter oportunidade de solucionar é ter oportunidade de desenvolver a nossa realidade organizacional para que a mesma atinja níveis positivos de desempenho.
Por fim, e tão importante quanto tudo que falei, precisamos ter autoconhecimento, pois só nos conhecendo é que saberemos tomar decisões certeiras nos momentos corretos. Conhecer a si próprio é a base da nossa inteligência emocional. 
Quando nos conhecemos, aprendemos a usar o nosso cérebro e a decidir com mais clareza, uma vez que as nossas emoções estarão domadas por nós mesmos. Saber onde queremos chegar, por que queremos chegar lá e saber o que quer, meu caro, é essencial para um solucionador de problemas.
Parafraseando “O Gato que Ri”, personagem de Alice no país das Maravilhas: “quando não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho serve”. E quando “qualquer caminho serve”, não costumamos decidir com a presteza exigida pelas organizações e, na maioria das vezes, nem decidir conseguimos.
Não é que esquecemos o nosso coração quando nos conhecemos, mas aprendemos a domá-lo de forma racional, sendo mais firmes em nossas decisões e tendo maturidade para aceitamos as consequências das mesmas.
Reflete aí: um bom líder não é aquele que prefere o cérebro ao coração, mas sim aquele que prefere ter um coração racional.
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sexta-feira

Soberba: a doença que mata bons profissionais


O soberbo esquece que o aprendizado deve ser constante, que estudar nunca é demais, que o mundo muda e evolui em uma velocidade nunca antes vista, e que o mais natural é que a nossa velocidade busque ser compatível à do mundo em que vivemos.

Segundo o dicionário MICHAELIS, a definição para a palavra soberba é a seguinte: 1 Altura de coisa que está superior a outra; elevação, estado sobranceiro. 2 Manifestação ridícula e arrogante de um orgulho às vezes ilegítimo. 3 Altivez, arrogância, sobrançaria. 4 Orgulho, presunção. 5 Teol Um dos sete vícios capitais. E aí, ao ler a definição, você pode ter pensado: “poxa, conheço pessoas assim!”
Pois é, também conheço pessoas assim. E o mais aterrorizante do que conhecer essas pessoas é pensar que muitas vezes corremos o risco de ficar ou estar iguais a elas. Sim, meu caro, corremos este risco! Quando nos esforçamos enquanto profissionais, temos disciplina e corremos atrás do que queremos com muita energia e determinação e o sucesso acaba chegando.
Com ele vêm os aplausos e o reconhecimento, e é nessa hora que muitos profissionais começam a acreditar que são algum tipo de X-MEN ou Super Sayajim. Passam a se achar inabaláveis e superiores a todos os outros profissionais e acabam se acomodando, se enchendo de empáfia e, adivinhem: SOBERBA.
Sei que já disse a palavra SOBERBA quatro vezes, contando com essa, mas é para incomodar mesmo! A palavra e as ações que ela carrega são um veneno e é preciso advertir sobre o seu uso e manipulação. As pessoas soberbas se colocam em um pedestal e vivem em constante estado de esnobismo. Não pisam no chão onde passam e até pisam, desde que antes do chão tenha a cabeça de outro profissional que os mesmos considerem inferior.
Advirto logo: NINGUÉM É SUPERIOR A NINGUÉM! Nosso maior inimigo somos nós mesmos e, quando nos colocamos em um estado de constante comodidade, esquecemos que, assim como somos competentes, tantos outros também são. Esquecemos também que os aplausos que recebemos hoje podem ser tranquilamente direcionados a outros amanhã.
O soberbo esquece que o aprendizado deve ser constante, que estudar nunca é demais, que o mundo muda e evolui em uma velocidade nunca antes vista, e que o mais natural é que a nossa velocidade busque ser compatível à do mundo em que vivemos.
No final do ano passado fui ao cinema ver “O pequeno Príncipe” (a adaptação do livro homônimo). Em meio a várias lágrimas e alguns snapchats feitos dentro do cinema, um dos personagens do filme me chamou mais atenção que no livro. “O vaidoso”, assim como no livro, é o morador de um planeta fictício e, toda vez que o aplaudem, ele retira o chapéu que usa para agradecer. E faz isso tão constantemente que fica impossível das pessoas dialogarem com o mesmo. “O vaidoso” perde o senso e acha que as palmas direcionadas a qualquer situação são para ele. Pois é, é exatamente o que você está pensando: a vaidade é irmã da SOBERBA!
Assim como o personagem citado, as pessoas soberbas passam a acreditar que o mundo gira ao seu redor (o que não é verdade), esquecem-se de tudo a sua volta, ficam cegas e parecem um pavão vaidoso de penas sempre armadas a cortejar a pavão-fêmea constantemente. Todas as ações, atitudes e situações que relatei corroem o profissional, que vai começar a estagnar sua vida e carreira achando que chegou ao seu limite.
Precisamos entender que o limite não é o céu e nem as estrelas, como muitos dizem, pois, depois do céu, tem outro céu, e neste céu o limite é inexistente. Nossa carreira profissional tem que continuar a expandir com o passar dos anos para a nossa saúde profissional continuar eficaz e eficiente para o mercado de trabalho. Ainda segundo o MICHAELIS, o oposto da soberba é a humildade.
E humildade é entender que, até podemos ser um profissional X-MEN, desde que saibamos que para todo X-MEN existe um Magneto ou um Apocalypse na próxima esquina, e que muitas vezes ser um Super Sayajin não é suficiente, pois às vezes precisamos, também, fazer fusão.
A soberba é um bichinho silencioso que ataca até o mais forte dos seres, vez ou outra. Natural, uma vez que todos possuímos falhas e fraquezas e costumamos errar. Como sabemos, não há problema algum em cometer erros desde que aprendamos com eles, nos tornemos mais fortes e os corrijamos. Para o combate à soberba, receito doses diárias de humildade e, caso os sintomas permaneçam, um administrador deverá ser consultado.
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Você Conhece a “Parábola da demissão da Formiga Desmotivada”?




Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial...
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer uma pesquisa de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as finanças, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir? 
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida." 

Autor desconhecido
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