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quarta-feira

Usar os neurônios


É comum o governo, especialmente da área federal, tratar aumentos de salários de seus servidores, assim como os reajustes de benefícios da Previdência, como um dos grandes vilões de cada novo ano, inclusive, em alguns casos, como responsáveis pelo aumento da inflação.
No caso do governo federal, ele joga ao vento que o impacto do aumento nas contas do Planalto será grande, e que, para tanto, são necessários ajustamentos para reequilibrar os pratos da balança.
Não se ouve falar, no entanto, que o novo piso redunda em aquecimento da economia, pois, quanto mais injeção financeira no mercado, maior base de impostos retornarão aos cofres públicos e, naturalmente, compensação dos reajustes.

Na verdade, o prejudicado - se pode afirmar - sempre será o trabalhador assalariado, que não terá, como geralmente acontece, o prazer de sentir o gosto do reajuste, considerando que este somente é creditado em fevereiro e, portanto, já corroído pelos aumentos de impostos e pelo repasse ao consumidor, dos custos do mínimo pelo comércio, indústria e empresas de serviços, a começar pelos pedágios nas rodovias do Estado, aumento anunciado antes mesmo do término de 2015.

Os governos colocam o reajuste do mínimo como o grande vilão, mas, em momento algum, explicam que por meio desse reajuste recolherão mais impostos, sem se preocupar em estabelecer políticas internas de enxugamento da máquina, com cortes em setores onde ainda existe gordura.
É mais fácil buscar um bode espiatório para camuflar problemas criados por má gestão.

Não existe necessidade de conhecimento sobre economia para saber que dinheiro representa apenas um símbolo criado pelo governo central, para dar valor às coisas. O governo fabrica a moeda que é espalhada no País e, gradativamente, a recolhe para continuar o círculo da roda financeira administrativa.

Nessa visão simplista, basta saber gerenciar os valores colocados no mercado e o que vai recolher, para o perfeito equilíbrio da balança, sabendo, pelos mecanismos disponíveis, que jamais poderá gastar mais do que arrecada.

 Qualquer família de bom senso administrativo sabe que esse é o único caminho. Menos os governos.


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