A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 foi lançada
oficialmente no dia 10 de fevereiro - Quarta-feira de Cinzas. O tema é Casa
Comum, nossa responsabilidade. O lema bíblico: “Quero ver o direito brotar como
fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.
O objetivo é chamar atenção
para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, fortalecendo
o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que
garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.
A Campanha é realizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
do Brasil (Conic), assumida pelas igrejas Católica, Evangélica de Confissão
Luterana no Brasil, Anglicana, Presbiteriana e Sírian Ortodoxa de Antioquia.
Além delas, estão integradas a Aliança de Batistas do Brasil, Visão Mundial e
Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Ceseep). Terá
dimensão internacional, em parceria com a Misereor - entidade da Igreja
Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia,
África e América Latina.
Quando de seu lançamento, bispos, pastores e reverendos
mostraram números preocupantes: o Brasil é um dos países com o índice mais alto
de pessoas que não possuem banheiro com quase 7,2 milhões de habitantes, em
2014. Cerca de 35 milhões de pessoas não contam com água tratada em casa e
quase 100 milhões estão excluídas do serviço de coleta de esgotos.
A soma do volume de água perdida por ano nos sistemas de
distribuição das cidades daria para encher seis sistemas Cantareira.
Falar desse assunto é, como escreveu o papa Francisco, na
encíclica “Laudato si”, “cuidar da casa comum”, uma vez que afeta a saúde
pública, a dignidade humana, a sustentabilidade do planeta e a economia. Há um
trio de preocupações para quem lida com estas relações.
Precisamos aprender a
cuidar de nós mesmos (aí incluindo a parte física, psicológica e espiritual),
dos outros (somos uma sociedade interdependente) e do Mundo, o lugar onde
vivemos e pelo qual somos responsáveis, tanto no aqui e agora, quanto no que
iremos deixar para as próximas gerações.
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