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sexta-feira

O lugar mais desabitado do planeta

Tudo se processa e se realiza sempre no aqui e no agora. No entanto, vivemos muitas vezes imobilizados pelo passado ou excessivamente ansiosos pelo futuro. Para sermos felizes, precisamos aprender a equilibrar esta equação.

Em uma de suas palestras sobre mindfulness, o psicólogo mestre em saúde coletiva e professor/instrutor de mindfulness, Marcelo Batista de Oliveira, disse uma frase que jamais esqueci: "o momento presente é o lugar mais desabitado do planeta".
De fato! Parte do tempo vivemos absurdamente presos ao passado - lamentando o que não foi, reclamando do que foi, magoados pelo que nos feriu, acorrentados à culpa ou ao remorso, tristes e ressentidos, desanimados e desiludidos.
 E outra parte vivemos ansiosos pelo futuro, temendo o que virá, sofrendo antecipadamente pelo que supomos, imaginando um fim trágico ou inquietos e apressados para que cheque rapidamente o final feliz.
É tão comum localizarmos nossa felicidade no tempo futuro que nem percebemos o mecanismo interno que nos desloca do presente quase que continuamente.
Vivemos aguardando o fim de semana, esperando as férias, desejando a aposentadoria, acreditando que seremos felizes quando conseguirmos conquistar isso e aquilo ou alguém.
Somos especialistas em acrescentar sofrimento ao que poderia ser em si mesmo uma experiência enriquecedora.
Se fui convidado para fazer uma apresentação, por exemplo, obviamente haverá algum estresse envolvido e é natural e saudável que seja assim. 
É meu cérebro me dizendo que preciso me preparar para enfrentar a nova experiência e é isto exatamente o que eu devo fazer.
Mas o problema é que começo a agregar outros sofrimentos. E se me der branco? E se o microfone não for bom? E se não gostarem de mim? E se o assunto não agradar? Eu não sou bom o suficiente! Eu já falhei uma vez! Estou gordo para subir ao palco! E uma série de pensamentos sabotadores que minam minha autoconfiança e minha energia.
Antes de mais nada, ainda que este seja um assunto bastante “batido”, precisamos lembrar que a vida acontece no aqui e no agora. Apegar-se ao passado ou sofrer pelo futuro não nos favorece.
O que é preciso ser feito será sempre feito no tempo presente. A vida acontece e se plenifica no aqui e no agora.
No futuro pode e deve estar o que em coaching chamamos de nosso ponto B, nosso motivador positivo, nossa meta pessoal, nosso melhor desejo –  mentalizado como um estímulo e uma inspiração para o que deve ser feito agora. 
No agora é que eu tomo as providências para chegar ao meu objetivo da melhor forma possível. Este o primeiro passo. Definir o que eu desejo e trabalhar aqui e agora nesta direção.
Isto é bem diferente de viver com a cabeça no futuro. É no aqui e no agora que deve estar nossa energia. Encontrar razões para ser feliz durante o processo, a busca, a construção diária.  
A alegria e a potência de agir devem iluminar a estrada, dar vida e graça aos pequenos passos. O caminho do bem-estar se faz no aqui e no agora.
Aprender a saborear cada dia e extrair dele as lições que a vida nos oferece. Valorizar os relacionamentos. Contribuir. Pertencer. Estar realmente presente. Encontrar o sentido da vida a cada momento.
Compreender, inclusive, que é possível e preciso ser feliz mesmo quando nosso objetivo não foi alcançado, apesar de nosso desejo, de nosso empenho e de nossos méritos, aprendendo a encontrar o sentido até mesmo quando a vida não nos dá o que tanto desejamos, atentos ao que ela está querendo nos ensinar.
Quanto ao passado, deixar que se vá o que já não nos serve – incluindo mágoas e ressentimentos, que apenas adoecem e destroem.  Reparar o que ainda for reparável, ressignificar o que que for possível, perdoar e perdoar-se pelo que consumado está.
E quanto à forma como pensamos o futuro, um bem-humorado alerta vem do filme Click. Nele, o personagem vivido por Adam Sandler ganha um controle remoto mágico, capaz de avançar o tempo para ir direto ao ponto desejado. 
Contido de início, logo ele se encanta com a possibilidade de acelerar todas as partes “chatas” da vida, tratando de pular todas elas para chegar diretamente ao que lhe interessava no futuro. 
Parecia perfeito. Até que ele percebeu que o futuro havia chegado evidenciando um profundo abismo entre ele e as pessoas que ele mais amava, tornando sua vida insípida, infeliz e sem significado. 
Só então compreendeu que desejando tão ardentemente alcançar suas metas e situando sua mente e seu coração sempre no futuro, desprezou o processo, negligenciou o caminho e descuidou das conexões humanas. 
Viveu no piloto automático, não se fez plenamente presente, não criou laços, não aprofundou relacionamentos, não foi capaz de autotranscender, ir ao encontro do outro e descobrir um sentido maior para sua vida. 
E você? Tem vivido plenamente o presente?
Vale a pena refletir a respeito.

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sábado

Por que os mentirosos prosperam nas empresas?

Empresas devem ser geridas por líderes que enxergam a realidade e fazem os ajustes necessários, e não por aqueles que, preocupados somente com o próprio bônus, não hesitam em fraudar números para consegui-lo


Eu conversava com um amigo da área de tecnologia da informação, que me dizia não compreender como uma grande fabricante de computadores estava com um enorme prejuízo deixado por um executivo de vendas que acabara de ser demitido.
O presidente da empresa fora informado pela auditoria da descoberta de uma série de não conformidades de responsabilidade do executivo.
 O prejuízo acarretou uma restruturação da área, e aqueles que ficaram teriam de recuperar os números da empresa.
 Isso significava uma pressão extra em um momento já muito desfavorável, sem contar a frustração e o estresse.
Como foi possível uma pessoa desonesta chegar a um cargo com tanta capacidade para produzir estrago tão grande? Na raiz do problema, estava o próprio presidente da empresa.
 Ele não era de má índole, mas, em plena contração econômica, exigia que seus executivos entregassem números de vendas impossíveis de ser obtidos. Números que somente um mentiroso poderia prometer cumprir.
Portanto, é necessário fazer uma reflexão racional sobre o contexto no qual a empresa opera. Todo mercado evolui em ciclos, formados por fases de expansão e de contração.
 Entretanto, é muito comum empresas que estão há mais de quatro anos expandindo, por exemplo, projetarem seus números como se essa fase fosse durar para sempre e na mesma intensidade.
É importantíssimo que os executivos olhem para os ciclos de seus mercados. Um administrador que os desconhece perde muito de sua capacidade de previsão e, portanto, de estabelecer planos que possam ser cumpridos.
É com base nessa realidade que as responsabilidades devem ser repartidas entre os administradores da empresa.
Principalmente no caso daqueles responsáveis por vendas, as demandas devem ser de acordo com o que os números mostram ser factíveis.
Pedir mais do que isso é criar as condições para que executivos inescrupulosos prometam quantidades de vendas impossíveis de ser realizadas. E que, no futuro, trarão grande dor de cabeça para a empresa.
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quarta-feira

Nosso cérebro, uma potência para ser mais feliz


Felicidade é algo de grande benefício, pois organiza o cérebro de uma forma produtiva.

O tema felicidade é meu foco desde 1998, quando trabalhava ligada ao negócio e com a meta de atrelar o desenvolvimento ao resultado. Percebi que a felicidade é ativa.
Felicidade faz o "mindset" ser flexível e estratégico, com visão 360º ou quem sabe 720º. Sempre observei, ali ainda sem dados estatísticos, que um gestor feliz era determinado em seu objetivo e, com habilidade, lia o cenário e agia.
Felicidade é algo de grande benefício, pois organiza o cérebro de uma forma produtiva. Há criatividade na felicidade, que impulsiona novas saídas. Para lidar com cenários oscilantes é um bem sem precificação, ainda.
Um profissional feliz persiste, um profissional infeliz abandona ou repete o mesmo comportamento, justificando o desgaste de não alcançar o objetivo.
A infelicidade proporciona rigidez para o cérebro, pois o foco se mantém no que fomenta o desconforto. Treinamos a mente com muita agilidade, nosso cérebro é muito responsivo.
Quando comecei a estudar a felicidade e desenvolver a engenharia da felicidade ,o maior objetivo inspirador foi disponibilizar estratégias que treinem o cérebro ou modelo mental e emocional para acessarmos mais vezes a felicidade.
Lembrando que felicidade produtiva é diferente de êxtase momentâneo ou ausência de compromisso e visão de realidade.
Existem muitas distorções sobre felicidade, talvez até um medo em assumir que para ser feliz é importante agir internamente mais que externamente.
Profissionais felizes são mais comprometidos, pois estão conectados aos seus valores e pouco sensíveis ao julgamento externo, se esse for distinto dos seus valores.
Então para ter o profissional feliz, um ponto de sustentação é a Cultura Corporativa. Sem esse link, há muito espaço para a infelicidade e, consequentemente, ausência de comprometimento.
Um profissional feliz sabe analisar dados, fatos e resultados, tem liberdade para buscar informação e sente prazer em fazê-lo, sem sentir se desqualificado. Ninguém é feliz em ser quem é, sentindo desqualificação diante do desconhecido! Essa atitude gera melhores resultados com solidez.
Outro aspecto dos profissionais felizes que faz a diferença para uma empresa é a abertura para aprender e passar seu legado, formar sucessores. Outro grande "tabu" no ambiente corporativo.
Para ter sucessor é importante ser feliz e descobrir que alguém pode fazer algo que fazemos às vezes melhor e, reconhecer que ensinamos ou colaboramos para alguém ser melhor!
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terça-feira

Decidir com a cabeça ou com o coração? Eis a questão


Decidir e, sobretudo, decidir bem, se tornou ação fundamental na vida do profissional que não quer ver seus resultados minguarem ou escoarem pelos dedos ao fim de um período laboral. Mas como ser um bom tomador de decisões?


Tomar decisões é inevitável na vida de qualquer profissional, independente da área que atua ou do nível hierárquico que ocupa. Foi-se o tempo em que a nossa divisão de trabalho permitia sermos colaboradores “adestrados” para o ato de operacionalizar, estilo Homer Simpson e o seu botão vermelho da fábrica do Sr. Burns.
 Decidir e, sobretudo, decidir bem, se tornou ação fundamental na vida do profissional que não quer ver seus resultados minguarem ou escoarem pelos dedos ao fim de um período laboral. Mas como ser um bom tomador de decisões?
Bem, em primeiro lugar precisamos estar cientes que as boas decisões processuais dentro de uma organização são o que maximiza resultados, eleva o respeito da marca no mercado, melhora o clima organizacional, leva a boas contratações e por aí vai. 
Dito isto, precisamos conhecer a fundo a cultura da empresa em que trabalhamos e qual o conteúdo que compõe o seu Triângulo MVV: Missão, Visão e Valores, em seguida conhecer o terreno onde nossas resoluções vão ser tomadas e ter consciência que ter oportunidade de solucionar é ter oportunidade de desenvolver a nossa realidade organizacional para que a mesma atinja níveis positivos de desempenho.
Por fim, e tão importante quanto tudo que falei, precisamos ter autoconhecimento, pois só nos conhecendo é que saberemos tomar decisões certeiras nos momentos corretos. Conhecer a si próprio é a base da nossa inteligência emocional. 
Quando nos conhecemos, aprendemos a usar o nosso cérebro e a decidir com mais clareza, uma vez que as nossas emoções estarão domadas por nós mesmos. Saber onde queremos chegar, por que queremos chegar lá e saber o que quer, meu caro, é essencial para um solucionador de problemas.
Parafraseando “O Gato que Ri”, personagem de Alice no país das Maravilhas: “quando não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho serve”. E quando “qualquer caminho serve”, não costumamos decidir com a presteza exigida pelas organizações e, na maioria das vezes, nem decidir conseguimos.
Não é que esquecemos o nosso coração quando nos conhecemos, mas aprendemos a domá-lo de forma racional, sendo mais firmes em nossas decisões e tendo maturidade para aceitamos as consequências das mesmas.
Reflete aí: um bom líder não é aquele que prefere o cérebro ao coração, mas sim aquele que prefere ter um coração racional.
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